Artigo Revisado por pares

Responsável pela Verdade? Peirce sobre Juízo e Asserção

2006; Volume: 7; Issue: 2 Linguagem: Português

ISSN

2316-5278

Autores

Giovanni Tuzet,

Tópico(s)

Pragmatism in Philosophy and Education

Resumo

Consideramos as observacoes de Peirce sobre o juizo, enfocando as relacoes e distincoes entre juizo, proposicao, crenca e assercao. A despeito da sutileza das distincoes peirceanas, finalmente argumentamos em favor de uma concepcao mais ampla de juizo. A principal razao para isso e a dificuldade de avaliar nossa responsabilidade ao julgar e emitir assercoes, se juizo e assercao forem considerados num sentido estreito e separado. O argumento e o seguinte.Sendo um ato de assentimento, alega Peirce, juizo e diferente de assercao: simplesmente assentir nao e asserir, pois o primeiro e um ato interno, ao passo que o segundo e um ato externo. Mas um tal conceito interno de juizo e, diferenciado da dimensao externa da assercao, em nossa opiniao, deveras estreito para dar conta dos aspectos sociais e normativos de julgar e, ate mesmo, de emitir assercoes. Argumentamos em favor de uma concepcao mais ampla de juizo, com a assercao como uma de suas partes, uma concepcao modelada segundo o processo de juizo legal. Nesses termos, a ideia de alguem ser responsavel pela verdade de suas assercoes seria especificada.

Referência(s)