Razão e crime
2011; Volume: 1; Issue: 2 Linguagem: Português
10.19177/ufd.v1e2201179-89
ISSN2358-601X
AutoresAlessandro José Machado, Maria Lucia Pacheco Ferreira Marques,
Tópico(s)Social and Political Issues
ResumoDestaca-se nesta sintética abordagem a apresentação de forma sucinta, porém elucidativa, as formas de organização e composição filosófica do pensamento e ação dos Grupos Criminosos organizados no sistema prisional de Santa Catarina. Sua gênese criminosa remonta os tempos duros do Regime Militar, onde a miscigenação de criminosos comuns com criminosos políticos trouxe uma simbiose perigosa, vindo a formar a capacitação intelectual de marginais aliando técnicas de guerrilha. Dos tempos de sua criação aos democráticos dias atuais muito se evoluiu em termos de pensamento criminoso. Os Grupos passaram a se organizar e estudar. Muitos líderes passam seu tempo de cárcere lendo pensadores e filósofos, dentre eles Marx, Hobbes, Kant, Maquiavel e mais recentemente descobriram Habermas e Hobsbawm. Seu crescimento foi inevitável, e atualmente existem diversos grupos criminosos, inclusive em Santa Catarina, representados pelo PGC, Primeiro Grupo Catarinense, todos entrelaçados e ligados ao Primeiro Comando da Capital, o PCC, que dita a ideologia, diretrizes e normatização de conduta. Esta constatação de aprimoramento intelectual criminoso está cada vez mais evidente nos procedimentos adotados em rebeliões e atentados contra o Estado.
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