
Carrapatos do gênero amblyomma (acari: ixodidae) e suas relações com os hospedeiros em área endêmica para febre maculosa no Estado de São Paulo
2008; Colégio Brasileiro de Parasitologia Veterinaria; Volume: 17; Issue: 4 Linguagem: Português
10.1590/s1984-29612008000400008
ISSN1984-2961
AutoresCarlos A. Pérez, Álvaro Fernando de Almeida, Alexandre Almeida, Victor Hugo Barbosa de Carvalho, Daniele do Carmo Balestrin, Murilo Saraiva Guimarães, Júlio Costa, Leonardo Adriano Ramos, Ana Dulce Arruda-Santos, Clarice Pinto Máximo-Espíndola, Darci Moraes Barros‐Battesti,
Tópico(s)Bird parasitology and diseases
ResumoForam avaliadas 7 espécies da mastofauna e 36 da avifauna quanto à prevalência e intensidade de infestação por carrapatos na ESALQ/USP, no Município de Piracicaba, SP. Analisaram-se 52 indivíduos da mastofauna e 158 da avifauna, parasitados por 12418 carrapatos. Os exemplares adultos (N= 7343) foram encontrados em parasitismo nas capivaras enquanto que os imaturos foram, na maioria, coletados de pequenos mamíferos e aves. Os principais hospedeiros para as formas imaturas, em ordem decrescente, foram gambás (69,1%), capivaras (24,4%) e urubus (3,7%). Entre a avifauna, o urubu apresentou o maior número de carrapatos com 69,9%, seguido por indivíduos das famílias Thamnophilidae e Turdidae. Os carrapatos adultos encontrados em capivaras foram A. cajennense (80,8%) e A. dubitatum (19,2%). Ambas as espécies foram também coletadas em gambás, correspondendo a 72,4% e 27,6%, respectivamente. Pela facilidade de captura e atratividade de Amblyomma spp. o gambá pode ser usado como bioindicador de infestação em locais endêmicos para febre maculosa. Considerando os índices de parasitismo e prevalência bem como de abundância de carrapatos, susceptibilidade dos hospedeiros, proliferação e susceptibilidade para infecção por R. rickettsi, capivaras e gambás são potenciais hospedeiros amplificadores desse microrganismo no Campus da ESALQ, enquanto eqüídeos, urubus e gatos atuam como hospedeiros secundários.
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