Artigo Acesso aberto Revisado por pares

Revoltas regenciais na Corte: o movimento de 17 de abril de 1832

2004; Associação Sul-Rio-Grandense de Pesquisadores em História da Educação (ASPHE); Volume: 11; Issue: 19 Linguagem: Português

10.22456/1983-201x.6358

ISSN

1983-201X

Autores

Marcello Basile,

Tópico(s)

Urban Development and Societal Issues

Resumo

Uma das fases mais ricas e singulares em termos de organização, discussão e participação políticas, o Período Regencial (1831-1840), é também o mais agitado e conturbado da história do Brasil. Este artigo analisa uma das principais revoltas então ocorridas no Rio de Janeiro: a que, em 17 de abril de 1832, sacudiu a capital do Império, capitaneada pelos caramurus. Estes constituíam uma facção política surgida logo após a abdicação de Pedro I, essencialmente formada por políticos e cortesãos ligados ao ex-imperador, por antigos funcionários públicos civis e militares e por comerciantes e caixeiros portugueses. Opunham-se eles a qualquer reforma na Constituição de 1824 e defendiam uma monarquia constitucional fortemente centralizada, nos moldes do Primeiro Reinado, chegando, em casos excepcionais, a nutrir anseios restauradores. O movimento, no qual estava envolvido José Bonifacio, pretendia derrubar o ministério ou a Regência e, quiçá, reivindicar a volta de Pedro I. Jornais, panfletos, manifestos e processos judiciais constituem as principais fontes de pesquisa.

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