O grotesco e o humor no cinema naxisploitation: a desconstrução do ideal estético nazista
2015; UNIVERSIDADE EST.PAULISTA JÚLIO DE MESQUITA FILHO; Volume: 6; Issue: 2 Linguagem: Inglês
ISSN
2177-3807
Autores Tópico(s)Cultural, Media, and Literary Studies
ResumoEm sua setima tese “Sobre o conceito de Historia (1939)”, Walter Benjamin afirma que ‘nunca houve um monumento de cultura que nao fosse tambem um monumento de barbarie’. Ou seja, no contexto de guerra o qual o filosofo viveu, previra, de certa forma, que o seculo XX seria proficuo em relacao a producao artistica. A proposito, em nome da propria cultura, nunca houve tanto genocidio. Nesse sentido, o nazismo enquanto representante de uma das maiores catastrofes do referido seculo, a shoah , se revela como potencia destruidora impulsionada pelo antagonismo que se sustentou num ideal de superioridade da raca ariana. O documentario “Arquitetura da destruicao (1989)” nos elucida a relacao entre um ideal estetico de beleza e pureza que reinava na arte classica como um dos pilares da ideologia nazista. A raca tinha que ser pura e ter a simetria das formas. No entanto, a producao cultural pos- segunda guerra, inspirada nas consequencias do nazismo, desconstruiu esse ideal em varias manifestacoes artisticas, dentre elas, no cinema. Por volta da decada de 1970, varios paises, sobretudo aqueles que foram ocupados pelos alemaes durante a segunda guerra, como Italia e Franca, passaram a produzir uma leva de filmes com a tematica nazista, mas tracando uma linha subversiva ao que se considera a setima arte. Esse conjunto foi denominado Nazixploitation e e considerado um subgenero cinematografico. Deste modo, a estetica do Nazixploitation se configura na estetica do grotesco que tem como essencia a deformidade. Assim sendo, esse trabalho busca tracar uma relacao entre os efeitos de grotesco aliados ao comico e ao ridiculo em contraponto ao ideal esteticonazista, ou seja, a busca pelo sublime inspirada na arte classica provocou o surgimento de uma ideologia da barbarie. In his 7th thesis “On the Concept of History (1939),” Walter Benjamin says that ‘there has never been a monument of culture that was not also a monument of barbarism’. That is, in the context of war which the philosopher lived, he had predicted, in a way, that the 20th century would be fruitful in relation to the artistic production. By the way, in the name of culture itself, there has never been much genocide. In this sense, Nazism as a representative of one of the greatest disasters of this century, the Shoah , is revealed as destructive power driven by antagonism that held an ideal of superiority of the Aryan race. The documentary “Architecture of Destruction (1989)” elucidates the relationship between an aesthetic ideal of beauty and purity that prevailed in classical art as a pillar of Nazi ideology. The race had to be pure and to have the symmetry of form. However, the post-World War II cultural production, inspired by the consequences of Nazism, deconstructed this ideal in various art forms, among them, in cinema. By the 1970s, many countries, especially those that were occupied by the Germans during the Second World War, as Italy and France, began to produce a batch of films with Nazi theme, but drawing a subversive line to what is considered the seventh art. This group was called Nazixploitation and is considered a cinematic subgenre. Thus, the aesthetics of Nazixploitation configures the grotesque whose essence is deformity. Therefore, this paper aims to link the effects of the grotesque allied to the comic and the ridicule as opposed to the Nazi Aesthetic ideal, that is the search for the sublime inspired by the classic raised the emergence of an ideology of barbarism.
Referência(s)