
Qualificação profissional e políticas de emprego na década de 90: experiências, representações e ação sindical. Um estudo de caso na região de Ribeirão Preto-SP.
2008; Volume: 1; Issue: 1 Linguagem: Português
10.32760/1984-1736/redd/2008.v1i1.1080
ISSN1984-1736
Autores Tópico(s)Labor Movements and Unions
ResumoEsta pesquisa 2 tem como proposta o estudo das novas orientacoes dos sindicatos e sua participacao nas politicas publicas de qualificacao profissional e de educacao dentro do atual quadro de precarizacao do trabalho. De modo especial, pretende-se estudar as agendas das entidades sindicais da agroindustria da Regiao de Ribeirao Preto envolvidas com a execucao de programas de qualificacao profissional. Portanto, pretendemos compreender os novos papeis assumidos pelos sindicatos diante da precarizacao do trabalho. Como se sabe, durante a decada de 90, uma serie de medidas politicas provocariam importantes alteracoes no sistema de relacoes de trabalho, medidas estas que aprofundaram a flexibilizacao e desregulamentacao da legislacao trabalhista e sindical brasileira. Ainda nos anos 90, periodo o mercado de trabalho brasileiro sofreu grandes alteracoes em sua estrutura, dada as mudancas no cenario macroeconomico que impos um novo padrao de competitividade e de exposicao internacional, tendo como consequencias um forte movimento de reestruturacao produtiva e organizacional nas empresas, assim como, a introducao de novas tecnologias possibilitou aumento nas exigencias no trabalho e na utilizacao da mao-de-obra qualificada, e, tambem, o mercado de trabalho apresentou altas taxas de desemprego estrutural. Esta tendencia atual de flexibilizacao e de desregulamentacao trabalhista caracteriza o novo contexto da proposta de negociacao de interesses de trabalho. A luta por acordos coletivos perde destaque e novas iniciativas sindicais de negociacao, como a qualificacao profissional dos trabalhadores, passam a incorporar as agendas de negociacao dos sindicatos. Nestes termos, o que se denomina hoje de crise dos sindicatos ou crise do trabalho, preferimos relacionar a vigencia de novos padroes de acumulacao capitalista. Para tanto, pensamos conforme Harvey (1992), que ira sustentar que o compromisso firmado entre as classes no periodo fordista-keynesiano hoje se encontra pressionado pela crise no regime de acumulacao capitalista, indicando novas condicoes de producao e de trabalho. Estas novas condicoes, denominadas regime de acumulacao flexivel teriam como ponto de partida a crise do petroleo em 1973 que solapou o mundo numa onda inflacionaria, pressionando os paises a introducao de novas tecnologias e a reformulacao dos mercados financeiros. Conforme (HARVEY,1992, p. 141 ):
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