
Intervenção coronária pelas vias radial ou femoral no infarto agudo do miocárdio com supradesnivelamento do segmento ST: uma visão da prática clínica contemporânea
2011; Elsevier BV; Volume: 19; Issue: 3 Linguagem: Português
10.1590/s2179-83972011000300008
ISSN2179-8397
AutoresD. Welter, Rogério Sarmento‐Leite, Cristiano de Oliveira Cardoso, Renato Budzyn David, Marciane Maria Rover, Aníbal P. Abelin, Juliana Cañedo Sebben, Alexandre Damiani Azmus, Felipe A. Baldissera, Óscar Pereira Dutra, Mário F. L. Peñaloza, Carlos Antônio Mascia Gottschall, Alexandre Schaan de Quadros,
Tópico(s)Cardiac Structural Anomalies and Repair
ResumoINTRODUÇÃO: A via radial é um acesso seguro para procedimentos percutâneos e reduz as complicações vasculares locais. Neste estudo comparou-se a evolução hospitalar de pacientes com infarto agudo do miocárdio com supradesnivelamento do segmento ST (IAMCSST) submetidos a intervenção coronária percutânea primária (ICPp) por via radial vs. via femoral. MÉTODOS: Estudo de coorte prospectivo com pacientes consecutivamente atendidos entre dezembro de 2009 e maio de 2011. RESULTADOS: Foram incluídos 794 pacientes, 82 (10,3%) tratados por via radial e 712 (89,7%), por via femoral. Pacientes do grupo radial eram mais jovens (56,2 ± 10,7 anos vs. 61,2 ± 11,9 anos; P < 0,01), mais frequentemente do sexo masculino (78% vs. 68%; P = 0,06), com menor prevalência de diabetes (9,8% vs. 20%; P = 0,02) e maior fração de ejeção do ventrículo esquerdo (61,2 ± 11,8% vs. 55,5 ± 12,1%; P = 0,05). Não houve diferença em relação à maior parte das características angiográficas. Tromboaspiração (44% vs. 31%; P = 0,01) e administração de glicoproteína IIb/IIIa (41% vs. 26%; P = 0,004) foram mais utilizadas no grupo radial. O fluxo TIMI 3 final (93% vs. 88%; P = 0,47) e o blush miocárdico 3 (70% vs. 66%; P = 0,87) foram semelhantes entre os grupos. Não foram observadas diferenças em relação a óbito (7,5% vs. 8,4%; P = 0,78), reinfarto (4,9% vs. 4,4%; P = 0,77), revascularização de urgência (3,7% vs. 4,1%; P > 0,99), trombose do stent (2,4% vs. 3%; P > 0,99), sangramento maior (0 vs. 1,6%; P = 0,61) ou sangramento menor (5,3% vs. 7,3%; P = 0,81). CONCLUSÕES: A abordagem transradial mostrou-se segura e efetiva, com resultados semelhantes aos da abordagem transfemoral em pacientes com IAMCSST.
Referência(s)