
Impacto na função renal de uma dose de reforço de rosuvastatina prévia a intervenção coronária percutânea eletiva nos pacientes em uso crônico de estatina
2012; Elsevier BV; Volume: 20; Issue: 3 Linguagem: Português
10.1590/s2179-83972012000300014
ISSN2179-8397
AutoresMaurício Oliveira, Kleber Bomfim Araújo Martins, J. Ribamar Costa, Alexandre Abizaid, Jackson Stadler, Luiz Alberto Mattos, Daniel Chamié, Dimytri Siqueira, Ricardo A. Costa, Rodolfo Staico, Fausto Feres, Amanda G. M. R. Sousa, J. Eduardo Sousa,
Tópico(s)Lanthanide and Transition Metal Complexes
ResumoINTRODUÇÃO: A nefropatia induzida pelo contraste (NIC) é uma complicação potencial após a intervenção coronária percutânea (ICP). A patogênese está associada a mecanismos inflamatórios, disfunção endotelial e estresse oxidativo, e as estatinas, por seus efeitos pleiotrópicos, vêm sendo analisadas nesse cenário. Avaliamos se uma dose de reforço de rosuvastatina pré-ICP eletiva, em pacientes em uso crônico de estatina, reduz a ocorrência de NIC. MÉTODOS: Estudo prospectivo, randomizado, aberto, realizado em único centro. Os pacientes foram divididos de acordo com a utilização (grupo 1) ou não (grupo 2) de 40 mg de rosuvastatina, 2 a 6 horas pré-ICP. A frequência de NIC foi comparada entre os dois grupos e nos subgrupos de diabéticos e com disfunção renal prévia. RESULTADOS: Foram incluídos 135 pacientes, com idade de 60,7 + 9,3 anos, randomizados para o grupo 1 (n = 67) ou para o grupo 2 (n = 68). A prevalência de diabetes foi de 31,1% e de clearance de creatinina < 60 ml/min, de 13,3%. A incidência de NIC foi de 8,1% e não mostrou diferença entre os grupos (9% vs. 7,4%; P = 0,89). A incidência de NIC nos diabéticos foi de 15% vs. 13,6% (P = 0,75) e nos portadores de disfunção renal prévia foi de 12,5% vs. 0 (P = 0,93). CONCLUSÕES: O uso de uma dose de reforço de rosuvastatina em sua posologia máxima não exerceu efeito protetor renal nos pacientes em uso crônico de estatina submetidos a ICP eletiva.
Referência(s)