Cadernos de Educação Nº 27

2012; Faculdade de Educação; Issue: 27 Linguagem: Português

10.15210/caduc.v0i27.1519

ISSN

2178-079X

Autores

Avelino da Rosa Oliveira, Eliane Peres, Gomercindo Ghiggi,

Tópico(s)

Education and Digital Technologies

Resumo

A FaE-UFPel completa 30 anos. E momento de alegria, de festa, de rememoracao da historia, de renovacao de compromissos. En-fim, e tempo de celebracao. Compondo este momento de imensa alegria, coube-nos a honra de organizar um numero especial de Cadernos de Educacao, celebrando a trajetoria da Faculdade de Educacao atraves de uma reflexao densa e prazerosa sobre a formacao de professores. Desejando tambem homena-gear a todos que fizeram e fazem parte desta historia de compromisso social com a educacao, ouvimos o primeiro diretor da FaE, Prof Teofilo Galvao. No relato deste companheiro de percurso, recordamos uma historia “feita de espinhos e rosas”, como ele mesmo afirma em docu-mento escrito para este momento celebrativo (2006): “dizem que, em qualquer empreendimento, os espinhos cabem aos que iniciam e, aos poucos que terminam, cabem as rosas. Como professor e diretor da recem-criada Faculdade de Educacao da UFPel, talvez comporte destacar, no ensejo da comemoracao dos seus 30 anos, algumas picadas de espinhos que ainda espicacam a memoria.” Tem razao o professor Galvao! Mas talvez ninguem jamais termine a empreitada. A obra da formacao humana e sempre inconclusa, sempre surpreendente. E aqui continuamos nos, 30 anos depois dele, em meio as rosas com seus espinhos, sem os quais ela nem rosa seria. E o professor Galvao vai recordando as dificuldades enfrentadas: “reconhecimento dos cursos: atividade desgastante, sobretudo pela burocracia displicente do Conse-lho Federal de Educacao. Como se fazia moroso o reconhecimento de determinado curso, desloquei-me ate Brasilia, para acompanhar o processo. Com surpresa verifiquei que tinha sido extraviado. Mais de 2 quilos de papel.” Nesta conversa franca sobre um passado que nao quer silenciar, quantas vezes a historia nos remete ao presente! E recontamos a narrativa do professor Galvao: “por sua missao pedagogica estimu-ladora de uma consciencia critica, participativa, inserida na vida comu-nitaria, em periodo politico de repressao, a Faculdade era vista como subversiva. A convite da direcao, o Reitor participou de reuniao com todos os professores. Nessa ocasiao, criticou a Faculdade por ter recebido uma pessoa malquista do regime ditatorial vigente. Nenhum professor conhecia o referido visitante...” E a historia da FaE vai sendo reconstituida. Surpresos, descobrimos que nao e nova a ideia de que a formacao de professores pode muito bem prescindir de uma faculdade de educacao. “... no ato de transmissao de posse do cargo de diretor para a professora Consuelo Requiao, o Reitor criticou a existencia de uma Faculdade para formar professores do (entao) curso primario. Sua mae, disse ele, fora professora sem precisar de curso superior. Recorde-se que essa iniciativa da Faculdade foi pioneira na epoca.”

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