Agostinho de Hipona e as ambivalências do seu filosofar
2012; Editora da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (EDIPUCRS); Volume: 57; Issue: 2 Linguagem: Português
10.15448/1984-6746.2012.2.10653
ISSN1984-6746
Autores Tópico(s)Religious, Philosophical, and Educational Studies
ResumoEste texto tem como objetivo principal analisar algumas das ambiguidades que marcam a posição de Agostinho de Hipona com relação à chamada cultura pagã, em geral, e à filosofia grega em particular. Efetivamente, o autor das Confissões se situa em um meio-termo, que eu denomino pela expressão “o paradoxo do entre-dois”, porquanto ele não abraça totalmente aquela posição que, a exemplo de Justino Mártir, equipara a sabedoria cristã à filosofia grega, nem tampouco reivindica aquela outra extremada, defendida por Tertuliano, que vê entre a “sabedoria cristã” e a “sabedoria pagã”, ou entre fé e razão, um antagonismo ou um fosso intransponível. Nessa perspectiva do entre-dois, três questões principais serão examinadas: (a) a relação entre filosofia e religião cristã; (b) o problema dos “filósofos platônicos”; (c) os conceitos de reminiscência e memória.
Referência(s)