
Desterritorialização, refabulação e a cidade literária em movimento em <i>Coisas que os homens não entendem</i>, de Elvira Vigna
2012; Associação Sul-Rio-Grandense de Pesquisadores em História da Educação (ASPHE); Volume: 8; Issue: 1 Linguagem: Português
10.22456/1981-4526.26766
ISSN1981-4526
Autores Tópico(s)Literature, Culture, and Criticism
ResumoBaseado em conceitos referentes a deslocamentos contemporâneos, este artigo analisa o papel das cidades no romance Coisas que os homens não entendem, de Elvira Vigna. A narrativa mistura os tempos passado e presente, os espaços urbanos de Nova York e do Rio de Janeiro, e as idas e vindas da protagonista entre as duas cidades. Observa-se o privilégio dos percursos aos lugares, e dos processos subjetivos às questões concretas, o que resulta em espaços e sujetividades em movimento. O romance adota recursos da literatura policial, onde a repetição, a memória, a refabulação, e a proliferação das versões da história problematizam o ato de narrar. Assim, as descrições das cidades no romance também variam na medida em que se alteram as percepções e as vivências da protagonista. Os espaços urbanos são representados como cruzamentos de trajetórias, assim como as identidades na contemporaneidade são compostas de teias de diferentes marcadores sociais.
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