
INVERSÃO NEOTECTÔNICA DO RELEVO NA BACIA POTIGUAR, NORDESTE DO BRASIL
2014; União da Geomorfologia Brasileira; Volume: 15; Issue: 1 Linguagem: Português
10.20502/rbg.v15i1.419
ISSN2236-5664
AutoresRúbson Pinheiro Maia, Francisco H.R. Bezerra,
Tópico(s)Geochemistry and Geologic Mapping
ResumoA maioria dos trabalhos de geomorfologia, desenvolvidos em bacias sedimentares discorrem sobre aspectos evolutivos com ênfase na dissecação, sem, no entanto abordar a gênese das morfoestruturas. Essas morfoestruturas correspondem às formas de relevo condicionadas pela reativação de falhas e demais deformações tectônicas. Exemplos dessas deformações podem ser encontrados nas bacias sedimentares do Nordeste brasileiro e tais estruturas estão condicionadas aos processos de reativação pós-rifte. Esses processos envolvem a reativação de falhas e dobras sob regime compressional e exercem suma importância na geração de estruturas deformacionais, na orientação de processos erosivos e no controle da drenagem. Nesse contexto, a Bacia Potiguar, situada na margem equatorial do Brasil, foi afetada por eventos deformacionais associados ao tectonismo cenozoico. Tais eventos geraram morfoestruturas que influenciam os processos de evolução geomorfológica da bacia, onde os campos de tensões cenozoicos foram responsáveis pelas deformações no topo da seção pós-rifte, originando antiformes dômicos que atualmente condicionam a drenagem, a dissecação e a deposição quaternária. Desse modo, na Bacia Potiguar, as principais unidades do relevo (Serras do Mel e de Mossoró e Vales dos Rios Mossoró e Açu) apresentam evidências da participação do fator estrutural na sua gênese. Tal constatação advém da análise dos campos de tensões cenozoicos e sua repercussão no relevo, da caracterização da reativação de falhas neotectônicas, amplitudes altimétricas da seção pós-rifte e dos depósitos neógenos, quaternários e análise da rede de drenagem.
Referência(s)