
Metafísica do amor sexual, segundo Arthur Schopenhauer [Metaphysics concerning the sexual love, according to Arthur Schopenhauer]
2012; Volume: 10; Issue: 2 Linguagem: Português
10.25247/p1982-999x.2010.v1n2.p9-26
ISSN1982-999X
AutoresJanaína de Lima Veiga, José Tadeu Batista de Souza,
Tópico(s)Literature, Culture, and Criticism
ResumoAfirmação da vontade de vida na composição das futuras gerações, eis a que sedestina o amor enquanto paixão na metafísica de Arthur Schopenhauer. Para ele,apenas no impulso sexual, encontra-se enraizado todo enamorar-se, cujo fim é ode perpetuar a vida. No interesse da espécie, isto é, de uma objetidade ou exposiçãovolitiva, é que atuam as pessoas em todo estar-enamorado. Fazendo ohomem ser orientado por uma intenção inconsciente, qual seja a possibilidadede procriação, a vontade “labuta” para a existência de uma das formas de vidavalendo-se do mecanismo da sexualidade. O amor apaixonado se fundamentasobre uma ilusão, a qual o filósofo chama de “instinto”, fazendo com que oindivíduo pense estar agindo em benefício próprio, quando, na verdade, não é omais privilegiado nesse enredo. Nesse contexto, o filósofo apresenta pontos anortearem a satisfação entre os sexos, pontos que dizem respeito ao interesse daespécie: a beleza, qualidades psíquicas e as provenientes da exigência de correçãoou de neutralização recíproca das unilateralidades e das anomalias de ambosos indivíduos. Schopenhauer afirma ser importante o tema do amor emfunção de esse dizer respeito à existência e à constituição do gênero humano e,através de intercursos metafísico e fisiológico, tenta explicar o sofrimento, aposse, o prazer físico, enfim o que faz parte de toda essa trama que ele denominade amor-paixão. Objetivamos trazer à luz o ponto de vista schopenhauerianopara o tema da sexualidade, destacando o filósofo como um dos poucos pensadoresa se dedicar ao tema. Para a produção do trabalho, utilizaremos a pesquisa
Referência(s)