
Infarto agudo do miocárdio complicado por choque cardiogênico: efeito da circulação colateral nos resultados da intervenção coronária percutânea primária - dados do registro InCor
2011; Elsevier BV; Volume: 19; Issue: 2 Linguagem: Português
10.1590/s2179-83972011000200011
ISSN2179-8397
AutoresLeandro Richa Valim, Augusto C. Lopes, Igor Ribeiro de Castro Bienert, Henrique Barbosa Ribeiro, Carlos M. Campos, Rodrigo Barbosa Ésper, Sílvio Zalc, Marco Perin, Pedro A. Lemos, Expedito E. Ribeiro, José Antônio Franchini Ramires,
Tópico(s)Cardiac pacing and defibrillation studies
ResumoINTRODUÇÃO: A presença de circulação colateral no contexto do infarto agudo do miocárdio (IAM) pode exercer um fator de proteção, levando a menor área de infarto e melhor função ventricular. Este trabalho procurou examinar as características clínicas dos pacientes com diferentes graus de circulação colateral e a influência desta na evolução do IAM com supradesnivelamento de segmento ST (IAMCSST) complicado com choque cardiogênico à admissão hospitalar e tratados com intervenção coronária percutânea (ICP) primária. MÉTODOS: Registro unicêntrico que realizou seguimento prospectivo no período de 2001 a 2009, incluindo 105 pacientes divididos em dois grupos, de acordo com o grau de circulação colateral: grupo 1, circulação colateral graus 0/1 (n = 83); e grupo 2, circulação colateral graus 2/3 (n = 22). As características clínicas e angiográficas e os desfechos hospitalares foram comparados entre os grupos. RESULTADOS: Ambos os grupos foram semelhantes em relação às características clínicas, exceto pela menor média de idade (65,9 anos vs. 57,8 anos; P = 0,015) e maior tendência ao tabagismo atual no grupo com colateral graus 2/3 (15,7% vs. 31,8%; P = 0,08). Quanto às características angiográficas, nos indivíduos com colateral graus 2/3 houve maior frequência de lesões/paciente (1,3 lesão vs. 1,8 lesão; P = 0,02) e maior acometimento de bifurcação coronária (18,5% vs. 36,4%; P = 0,03). Na evolução intra-hospitalar ficou evidenciada menor mortalidade nos pacientes com circulação colateral exuberante (49,4% vs. 27,3%, risco relativo de 0,55; P = 0,05). CONCLUSÕES: Em pacientes com IAMCSST e choque cardiogênico tratados com ICP primária a presença de circulação colateral pode favorecer um melhor prognóstico na evolução intra-hospitalar.
Referência(s)