
Bactérias transportadas em mutucas (Diptera: Tabanidae) no nordeste do estado do Pará, Brasil
2007; Volume: 2; Issue: 3 Linguagem: Português
10.46357/bcnaturais.v2i3.691
ISSN2317-6237
AutoresWilly Cristiano Luz-Alves, Inocêncio de Sousa Gorayeb, José Caetano Lima Silva, Edvaldo Carlos Brito Loureiro,
Tópico(s)Insect and Pesticide Research
ResumoOs insetos da família Tabanidae (Diptera), conhecidos vulgarmente como mutucas, são considerados potenciais pragas ao homem e animais domésticos pelo comportamento hematófago de suas fêmeas. São capazes de transportar mecanicamente vírus, bactérias e helmintos, pelo fato desses patógenos aderirem-se à estrutura da probóscide. As coletas dos insetos foram realizadas em áreas peri-urbanas e florestadas, utilizando-se armadilhas Malaise e cavalos como isca. Após a identificação dos tabanídeos, os exemplares foram dissecados e submetidos ao estudo bacteriológico, no corpo inteiro, superfície do corpo, aparelho bucal e intestino. Após o isolamento das bactérias nos meios Ágar sangue, Ágar MacConkey e Chapman, estas foram identificadas bioquimicamente. Foram coletados 400 tabanídeos de 18 espécies, destacando-se: Dichelacera bifacies, Leucotabanus exaestuans, Tabanus antarcticus, T. occidentalis var. dorsovittatus. Foram isoladas 24 espécies de bactérias, destacando-se: Staphylococcus spp., Streptococcus spp., Enterobacter cloacae e Serratia marcescens. Este é um trabalho pioneiro sobre as espécies de bactérias encontradas em tabanídeos na América do Sul. Os resultados mostraram que as espécies Serratia marcescens, Escherichia coli e Staphylococcus aureus são consideradas as mais importantes no aspecto médico-sanitário e foram encontradas nas seguintes espécies de tabanídeos: T. occidentalis var. dorsovittatus, T. indecisus, T. trivittatus, T. sorbillans e T. olivaceiventris. Na superfície do corpo dos tabanídeos identificou-se o maior número de bactérias.
Referência(s)