Artigo Acesso aberto Produção Nacional

O transplante autólogo de medula óssea como terapêutica para pacientes com leucemia mielóide crônica

2003; Elsevier BV; Volume: 25; Issue: 2 Linguagem: Português

10.1590/s1516-84842003000200011

ISSN

1806-0870

Autores

Paulo Villas Bôas de Carvalho,

Tópico(s)

T-cell and Retrovirus Studies

Resumo

INTRODUCAO: O papel do transplante autologo de medula ossea (TMO-auto) para o tratamento da leucemia mieloide cronica (LMC) permanece incerto. PACIENTES E METODOS: Onze pacientes com LMC foram indicados para receber o TMO-auto com celula precursora periferica (CPP) mobilizada ate seis meses apos o diagnostico, com o mini-ICE (tres pacientes) ou a hidroxiureia (oito pacientes), e obtida por leucaferese. Os pacientes receberam o interferon alfa (IFN) apos o TMO-auto. Amostras de medula ossea (MO) obtidas ao diagnostico e durante o seguimento foram avaliadas por meio da analise citogenetica convencional, do metodo de hibridizacao ?in situ? com fluorescencia (FISH) e por transcricao reversa e reacao em cadeia da polimerase (RT-PCR), para a identificacao e a quantificacao do cromossomo Philadephia (Ph) e do gene BCR-ABL. RESULTADOS: A mediana de seguimento dos pacientes apos o TMO-auto foi de 22,7 meses (variacao, 0,7-49,1). Um paciente evoluiu para o obito durante o periodo de aplasia da MO apos a mobilizacao da CPP. Dez pacientes foram transplantados com CPP com o Ph+ (mediana: 100,0%; variacao: 25,0-100,0) e com o gene BCR-ABL (mediana: 68,2%; variacao: 27,3-83,5). Um paciente evoluiu para obito durante a aplasia da MO determinada pelo condicionamento para o TMO-auto. Oito pacientes (88,9%) obtiveram resposta hematologica, sete (77,8%) resposta citogenetica, todos (100,0%) obtiveram resposta citogenetica molecular por FISH e um paciente (10,0%) obteve resposta molecular por RT-PCR. A mediana das porcentagens de cromossomo Ph, em amostras de MO obtidas seis meses apos o TMO-auto (78,0%), foi menor do que a observada ao diagnostico (100,0%; P=0,035). Foram tambem menores as medianas das porcentagens de nucleos interfasicos com o gene BCR-ABL em amostras de MO obtidas tres, seis e nove meses apos o TMO-auto (4,0%, 7,3% e 15,7%, respectivamente), em comparacao a observada ao diagnostico (82,5%; P<0,050). Ao final do estudo, nove pacientes estavam vivos, em fase cronica da doenca, sendo que quatro deles apresentavem respostas hematologica, citogenetica e citogenetica molecular. CONCLUSAO: O TMO-auto em associacao com o IFN possibilita a obtencao de respostas hematologica, citogenetica, citogenetica molecular e molecular para pacientes com fases iniciais da LMC Abstr

Referência(s)