Análise morfotectônica do Planalto do Juqueriquerê, São Sebastião (SP)

1994; Sociedade Brasileira de Geologia; Volume: 24; Issue: 1 Linguagem: Português

10.5327/rbg.v24i1.488

ISSN

2317-4889

Autores

Ginaldo Ademar da Cruz Campanha, Hendrik Herman Ens, E Waldir L. Ponçano,

Tópico(s)

Fish biology, ecology, and behavior

Resumo

Investigacoes geomorfologicas, geologicas e tectonicas, realizadas na regiao do Planalto do Juqueriquere, Sao Sebastiao, SP, pertencente ao sistema de rifts da costa sudeste do Brasil, mostraram que esta feicao morfologica e constituida por uma superficie erosiva descontinua, ainda reconhecivel em topos de morros nivelados entre 700 e 750 m de altitude, cerca de 500 m abaixo do Planalto do Moraes e 200 m abaixo do Planalto do Lourenco Velho. A presenca da importante Falha do Camburu, limitando o Planalto do Juqueriquere daqueles mais elevados ao norte, e sugestiva de origem tectonica para esse desnivelamento. Conclui-se por um modelo de evolucao morfotectonica que leva a interpretar, no modelado do relevo atual, restos da superficie paleogenica na regiao das cabeceiras do Rio Tiete e nas maiores elevacoes da Ilha de Sao Sebastiao. No Neogeno, desenvolve-se a superficie erosiva do Lourenco Velho, parte da qual e abatida no Mioceno Superior, originando o Planalto do Juqueriquere. As direcoes estruturais, que remontam ao Pre-Cambriano, foram reativadas no Cretaceo Inferior, no Eoceno e no Mioceno Inferior. Sismos de baixa intensidade, ainda hoje observados na regiao, em parte podem representar as manifestacoes mais recentes de tal tectonismo recorrente. O abatimento tectonico do planalto do Juqueriquere, embora concentrado ao longo da Falha do Camburu, nao se deu na forma de um bloco unico, mas sim na forma de blocos menores e com larguras variadas, delimitados por diversas falhas de pequeno rejeito, que, no conjunto, propiciaram desnivelamento de 200 a 300 m.

Referência(s)
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