Análise Comparativa dos Fatores de Exposição em Exames Radiográficos de Rotina
2015; Frederico Kauffmann Barbosa; Volume: 12; Issue: 28 Linguagem: Português
ISSN
1807-8850
AutoresAndré Luiz Silva de Jesus, Mariano José Lucero,
Tópico(s)Radiation Dose and Imaging
ResumoANALISE COMPARATIVA DOS FATORES DE EXPOSICAO EM EXAMES RADIOGRAFICOS DE ROTINA Discente/ Pesquisador: Andre Luiz Silva de Jesus. Docente/ Orientador: Mariano Jose Lucero. Instituicao de Ensino: Fundacao Lusiada – UNILUS. Area Tematica: Radiologia. Introducao: Os raios X sao uma forma de radiacao ionizante amplamente utilizados no diagnostico por imagem atraves das radiografias. Essas caracteristicas fazem com que seja necessario um controle preciso por parte do profissional que manipula o aparelho a fim de aplica-la da melhor forma possivel de acordo com a regiao anatomica examinada. Este controle e feito atraves de fatores de exposicao, os quais sao responsaveis diretamente pela formacao e emissao da radiacao e consequentemente a qualidade da imagem. O kV (quilovoltagem) e o que mais afeta a qualidade e em menor grau, na quantidade de radiacao. Na imagem, e responsavel pela escala de contraste (a diferenca entre tons de cinza). O mA (miliamperagem), e responsavel pela corrente do tubo, ou seja, pela quantidade de radiacao. O tempo (s) confere detalhe a imagem e quando combinado com o mA, forma o mAs (miliampere por segundo), que e um parâmetro que define a densidade radiografica (BUSHONG, 2010). Fundamentacao teorica: A complexidade da relacao entre os fatores de exposicao e resultados visualizados na imagem gera varios obstaculos para a aplicacao equilibrada dos mesmos de acordo com outras inumeras variaveis presentes em cada exame (TILLY JUNIOR, 2010). Porem todos os profissionais das tecnicas radiologicas devem possuir o conhecimento teorico da relacao kV-mAs para a obtencao da melhor imagem radiografica possivel. Ela estabelece que radiografias em que se utiliza baixo kV e alto mAs, proporciona um alto contraste (maior diferenca entre preto e branco), ideal para exames com a finalidade de se visualizar partes osseas. Na aplicacao de um alto kV e baixo mAs ocorre o contrario, com a imagem apresentando um baixo contraste, ou seja, uma alta escala de tons de cinza, ideal por exemplo, para a visualizacao de partes moles e com varias densidades presentes na mesma estrutura, como no torax e abdome (MORAES; JARDIM, 2010). Objetivos: Avaliar a forma pela qual os fatores de exposicao pelos tecnicos em radiologia independentemente da tecnologia de revelacao utilizada; Comparar dos fatores coletados com aqueles presentes na literatura em busca de diferencas significativas de acordo com a regiao anatomica examinada; Contribuir para a elaboracao de protocolos que venham a adequar os valores de exposicao aplicados e melhora na qualidade da imagem. Metodologia Por seu carater prospectivo, a pesquisa foi submetida e aprovada pelo Comite de Etica e Pesquisa do Centro Universitario Lusiada (no 30889514.0.0000.5436). A coleta de dados foi realizada em um periodo de 2 meses com 13 profissionais tecnicos em Radiologia possuindo mais de 3 meses de experiencia em 2 hospitais e 1 pronto socorro da Baixada Santista equipados com aparelhos radiograficos fixos e tecnologias de revelacao analogica e digital. Cada profissional preencheu um questionario contendo 66 exames radiograficos simples de 33 regioes anatomicas sem quaisquer obstaculos (gesso, talas ou coletes) com seus respectivos valores de kV, mA e tempo. Os profissionais foram devidamente orientados a inserir os valores aplicados a um paciente com as seguintes caracteristicas: Faixa etaria: adulto; Genero: masculino; Biotipo: estenico/ mesomorfo/ normolineo; Condicao: higido. Paralelamente o responsavel pelo setor de Radiologia respondeu a outro questionario com 9 perguntas para a comparacao das condicoes em que os resultados foram obtidos com alguns requisitos basicos presentes na Portaria 453 de 1998. Os dados foram inseridos no programa Microsoft Excel 2013 ® , para o calculo automatico do mAs atraves da formula mA x tempo e analise estatistica. Todos os valores foram comparados e separados em 5 faixas de valores determinadas como totalmente abaixo, parcialmente abaixo, totalmente dentro, parcialmente acima e totalmente acima das faixas de referencia sugeridas na literatura. Principais resultados alcancados: FAIXA kV mAs TOTALMENTE ABAIXO 1 2% 0 0% PARCIALMENTE ABAIXO 44 67% 5 8% TOTALMENTE DENTRO 14 21% 7 11% PARCIALMENTE ACIMA 7 11% 51 77% TOTALMENTE ACIMA 0 0% 3 5% TOTAL 66 100% 66 100% Tabela com os resultados gerais. Em relacao ao kV, 67% de todos os exames encontram-se em uma faixa valores parcialmente abaixo do que e sugerida na literatura, enquanto nenhum foi encontrado acima. Porem com o mAs ocorre o contrario, onde nenhum exame foi encontrado abaixo das faixas de valores sugeridas, ao passo em que 77% dos valores estao parcialmente acima. Cabe destaque ao exame radiografico de torax, pelo fato de que em todos os locais pesquisados a faixa de valores de mAs aplicada esta totalmente acima dos recomendados. Referencias: BUSHONG, Stewart Carlyle. Ciencia Radiologica para Tecnologos . 9. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010. TILLY JUNIOR, Joao Gilberto. Fisica Radiologica . Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2010. MORAES, Anderson Fernandes; JARDIM, Vladmir. Manual de Fisica Radiologica . Sao Caetano do Sul: Yendis Editora, 2010. BRASIL, MINISTERIO DA SAUDE, SECRETARIA DE VIGILÂNCIA SANITARIA. Portaria no 453, de 1o de junho de 1998. Diretrizes de Protecao Radiologica em Radiodiagnostico Medico e Odontologico . Brasilia, 1998.
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