
A FRONTEIRA GUIANA-BRASIL E ETNICIDADE ENTRE POVOS
2006; Linguagem: Português
ISSN
1984-6169
Autores Tópico(s)Migration, Racism, and Human Rights
ResumoA modificacao na relacao entre povos indigenas, Estado e sociedade civil, decorrente em grande parte do crescimento do movimento indigena internacional a partir da decada de 1970, e evidente nesta fronteira internacional, onde o transnacional, o nacional e o local coexistem e se atualizam na luta dos povos indigenas pelo reconhecimento dos seus direitos. Nesta regiao, de savana, os povos indigenas Makuxi e Wapichana tem uma historia de colonizacao e contatos continuos com os regionais dos dois paises por mais de dois seculos . Sao caracterizados pela populacao regional de Roraima como “indios civilizados” e “caboclos” e do Rupununi, Guiana, como “Amerindians” e pela palavra pejorativa de “buckmen”. Afirmou Diniz, em 1972, que nao havia muitas diferencas entre os regionais e os “caboclos”. A partir da decada de 1970, com uma atuacao indigenista de missionarios da Consolata em Roraima, estes povos comecaram a se re-organizar como “indios Makuxi e Wapichana”, elaborando sua etnicidade, sobretudo, atraves de organizacoes politicas como o Conselho Indigena de Roraima, e a Amerindian Peoples Association na Guiana. Tanto na Guiana como no Brasil os povos indigenas, para ganhar o reconhecimento do Estado, tem de lidar com a questao de apresentar sua diferenca em relacao as sociedades nacionais e ao mesmo tempo evitar ofender os valores hegemonicos . As flutuacoes economicas internas nos dois paises levaram a fluxos migratorios, e com a reducao de recursos para politicas publicas, o papel das ONGs indigenas, indigenistas e ambientais, nacionais e transnacionais, tornou-se predominante, com frequente sobreposicao de interesses. Palavras chaves: Fronteira. Indigenas. Etnicidade Resumen La modificacion de la relacion entre pueblos indigenas, Estado y sociedade, se debe en gran parte al crecimiento del movimiento indigena internacional a partir de la decada de 1970. Em esta frontera internacional lo trasnacional, lo nacional y lo local coexisten y se actualizan en la lucha de los pueblos indigenas por el reconoimiento de sus derechos. En esta region de sabana los pueblos indigenas makuxi y wapichana tienen uma historia de colonizacion y contactos continuos por mas de dos siglos em las regiones de los dos paises . La poblacion regional de Roraima es caracterizada como “indios civilizados” y “caboclos” y los Rupununi, de Guyana como amerindios y se les denomina peyorativamente de Buckmen. Afirmaba Diniz em 1972 que no habia muchas diferencias entre las poblaciones de una u otra region . A partir de La decada de 1970 con la actuacion indigenista de los misioneros de Consolata em Roraima estos pueblos comenzaron a reorganizarse como indios “mapuchi y wapichana”, elaborando su etnicidad, sobre todo a traves de organizaciones politicas como el Consejo Indigena de Roraima, y la Amerindian Peoples Association em Guyana. Tanto en Guyana como en Brasil los pueblos indigenas, para ganar el reconocimiento del Estado, han tenido que esgrimir su diferencia en relacion a las sociedades nacionales y al mismo tiempo evitar ofender los valores hegemonicos . Las fluctuaciones economicas internas en los dos paises provocaron flujos migratorios. Con la reduccion de recursos para politicas publicas, el papel de las ONGs indigenas, indigenistas y ambientalistas, nacionales y transnacionales, fue predominante, aunque han sido frecuentes las sobreposiciones de intereses. Palabras claves: Frontera. Indigenas. Etnicidad Abstract Changes in the relationship between indigenous peoples, the State and civil society, which have come about largely as a result of the growth of the Indian political movement at an international level since the 1970s, are evident on this international border, where the transnational, the national and the local coexist and are constantly brought up-to-date in the struggle of indigenous peoples to get their rights recognized. In this savannah region, the Macushi and Wapishana indigenous peoples have a history of colonization and continuous contacts with the regional population which goes back for more than two centuries . They have been characterized by the regional population of Roraima as “civilized Indians” and “caboclos”, and in the Rupununi, Guyana, as “Amerindians” and by the highly pejorative term “buckmen”. In 1972, Diniz, affirmed that there was not much difference between the regional population and the “caboclos”. Since the 1970s, with the work of the Catholic Consolata missionaries in Roraima, these peoples have started to reorganize themselves as “Macushi and Wapishana Indians”, elaborating their ethnicity, above all, through political organizations such as the Indigenous Council of Roraima (Conselho Indigena de Roraima), and the Amerindian Peoples Association in Guyana. In both Guyana and Brazil, indigenous peoples, to gain recognition by the State, have to face the dilemma of presenting their difference to the national societies and at the same time to avoid offending hegemonic values . Internal economic fluctuations in both countries have led to migration flows across this international border, and with the reduction of funds for public policies, the role national and international indigenous, indigenist, and environmentalist NGOs has become predominant, with frequent overlapping of interests. Keywords: Border. Indians. Etnicity
Referência(s)