A Ironia de “Geni e o Zepelim”: Sujeitos, Poderes e Mundos no Tempo da Suspensão

2010; Issue: 01 Linguagem: Português

10.33662/ctp.v0i01.2637

ISSN

2179-2143

Autores

Luciane de Paula,

Tópico(s)

Cultural, Media, and Literary Studies

Resumo

A proposta desta comunicacao e, a partir da cancao Geni e o Zepelim, de Chico Buarque, vista como arena onde se digladiam vozes sociais, analisar a critica ao preconceito pela prostituicao e pela travesti Geni, a heroina do discurso. Partir-se-a do dialogismo e da polifonia presentes nas vozes dos sujeitos da letra da cancao, abordados a partir da perspectiva do Circulo de Bakhtin. As relacoes de poder (Bakhtin e Foucault), imbricadas nas relacoes de genero, sao o centro da analise, a partir do qual sera tratada a questao do pertencimento/nao-pertencimento de Geni, sua aceitacao e recusa, de acordo com os interesses vigentes, por parte dos sujeitos presentes no discurso verbal da cancao, que simbolizam esferas de poderes sociais diferentes. Pensar nessas relacoes significa pensar nas diasporas e nos deslocamentos dos generos, bem como isso ocorre na diversidade cultural brasileira. A hipotese e a de que a imagem da cancao desvela o preconceito da nacao ao criticar a hipocrisia orquestrada por Chico, que rege o coro das vozes sociais, ao mesmo tempo, aclamadoras e apedrejadoras, que apagam Geni, a travesti Maria Madalena da cancao. Palavras-chave: genero, “Geni e o Zapelin”, polifonia.

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