Aprendizagens não formais em ciências: contributos das actividades de um museu para a literacia científica

2011; Edições Universitárias Lusófonas; Volume: 41; Issue: 41 Linguagem: Português

ISSN

1646-3714

Autores

Mário Ana Isabel Jorge Dias,

Tópico(s)

Digital Storytelling and Education

Resumo

A analise dos relatorios do Programa Internacional de Avaliacao dos Estudantes (PISA, 2006) da Organizacao para a Cooperacao e Desenvolvimento Economico (OCDE) e do Third International Mathematics and Science Study (TIMSS, 1995) revelam que os jovens portugueses apresentam baixos niveis de literacia cientifica. Estes estudos avaliam se os estudantes desenvolveram algumas capacidades e competencias que sao consideradas essenciais para que participem plenamente na sociedade. As areas de estudo avaliadas nestes estudos sao a leitura, matematica e ciencias, sendo a literacia cientifica aquela em que nos centramos, neste trabalho. Como os museus tem por objectivo facilitarem o acesso a conhecimentos cientificos aos visitantes e tem, ainda, preocupacoes com as questoes de literacia cientifica, nomeadamente por parte das criancas e jovens, tem vindo a desenvolver espolios, actividades e programas de ferias que contemplem estas vertentes (Gil, 2003; Wertsch, 2002). Nesta investigacao pretendem-se estudar as actividades ludico-cientificas desenvolvidas nos periodos de ferias escolares no Museu de Ciencia e no Museu Nacional de Historia Natural. Estes programas de ferias decorrem em ambiente informal e consistem em actividades nas diversas areas cientificas contempladas nestes dois museus: matematica, fisica, quimica, astronomia, geologia, biologia, botânica e zoologia. Destinam-se a criancas dos 4 aos 13 anos de idade. Nesta investigacao assumimos uma abordagem interpretativa (Denzin, 2002; Denzin & Lincoln, 1998) e desenvolveu-se um estudo de caso intrinseco (Stake, 1995). Como participantes seleccionamos criancas dos tres grupos etarios considerados, bem como os respectivos monitores, encarregados de educacao e investigadora. Os instrumentos de recolha de dados foram a observacao, as entrevistas, conversas informais, tarefas de inspiracao projectiva e os protocolos das criancas e jovens. O tratamento de dados e baseado numa analise narrativa de conteudo (Clandinin & Connelly, 1998), da qual emergem categorias indutivas (Hamido & Cesar, 2009).

Referência(s)