NEM BATMAN, NEM CORINGA: O CAMINHO DO MEIO NOS MUSEUS
1994; Edições Universitárias Lusófonas; Volume: 2; Issue: 2 Linguagem: Português
ISSN
1646-3714
Autores Tópico(s)Literature, Culture, and Aesthetics
ResumoHa um morcego na porta Cuidado. Ha um abismo na porta principal. Assim cantava Jards Macale no final da decada de 60. Naquela ocasiao, beirando a casa dos trinta, Batman morcegava alheio ao movimento estudantil, as lutas dos negros e das mulheres e as aventuras e rebeldias dos hippies. Batman estava engajado na defesa dos valores da civilizacao ocidental, na defesa do capital e do consumo. Hoje, o homem morcego - um pouco mais envelhecido, solitario e experiente - invade as casas, as ruas, as escolas, os postos de gasolina, os carros, em uma palavra: a vida. O simbolo de Batman nao aparece apenas nos ceus de Gothan City, mas tambem nos copos, cadernos, borrachas, chaveiros, plasticos de propaganda eleitoral, camisas, camisetas, camisinhas, bermudas, mochilas, bones, tenis, videos e filmes. E a batmania. Em relacao ao filme Batman deixo aos criticos e aos cinefilos a discussao em torno da fotografia, dos efeitos especiais, do desempenho dos atores, da trilha sonora e da maquilagem, para me deter na tentativa de nele identificar um campo de interesse para uma abordagem museologica.
Referência(s)