DA COMPETIÇÃO À CONVIVÊNCIA; A COOPERAÇÃO ENTRE INSETOS, PLANTAS E MICROORGANISMOS

2007; Associação Brasileira de Agroecologia; Volume: 2; Issue: 1 Linguagem: Português

ISSN

1980-9735

Autores

Pedro Boff, Paulo Antônio de Souza Gonçalves, Mari Inês Caríssimi Boff,

Tópico(s)

Agricultural and Food Sciences

Resumo

Palavras-chave: Fitossanidade, evolucao, cooperacao 1. INTRODUCAO A fitossanidade tem sido a area de conhecimento que presta socorro aos sistemas produtivos de alimentos e fibras vegetais, nas situacoes em que estes sistemas mostrarem disturbios/anomalias e por isso podem nao atender as expectativas de investimento realizado. As anomalias, vistas como pragas e doencas, concorrem com o proposito humano de produzir excedentes alimentares/fibras e devem, portanto, serem erradicadas, suprimidas ou no minimo controladas. O agricultor e o assistente tecnico buscam seu antidoto imediato, tal qual a medicina humana, onde para cada quadro clinico existe de pronto uma farmacopeia eficaz e atualizada. A base conceitual e tecnologica, para intervir em problemas fitossanitarios dos cultivos, tem sido desenvolvida nos centros de pesquisa e universidades sob o maior rigor cientifico, partindo da premissa de que para cada problema fitossanitario, perfeitamente descrito, existe ou se podera criar um procedimento de cura eficiente (BOFF et al., 2003). Durante varios anos de trabalho na agricultura catarinense e de modo particular nas regioes do Alto Vale do Itajai e Planalto Serrano, pode-se perceber que esta otica de prognostico, interpretada por tecnicos e agricultores, nao so opera na tomada de decisao para intervir nos sistemas convencionais de cultivo, mantidos por insumos industrializados, adubos quimicos e agrotoxicos, como tambem na pratica da agricultura orgânica. Pragas e doencas, em ambos sistemas, sao percebidas como maleficios, danificam as plantas e causam perdas indesejaveis. Resultado disto e a busca crescente por insumos biologicos, desenvolvimento de caldas fitossanitarias, indutores naturais de resistencia, extratos vegetais, agentes de controle biologicos, entre outros. Nao raro, as tecnologias assim implementadas nao resultam em efeito esperado sobre as lavouras trabalhadas, mesmo que sejam de manejo orgânico (GONCALVES, 2001). O presente ensaio procura lembrar elementos historicos que modelaram a percepcao praga/doenca em plantas bem como a possibilidade de buscar outras

Referência(s)