AVALIAÇÃO DO PROGRAMA DE TRIAGEM NEONATAL DA BAHIA ENTRE 2007 E 2009 – AS LIÇÕES DA DOENÇA FALCIFORME

2010; Faculty of Medicine of Bahia; Issue: 3 Linguagem: Português

ISSN

0016-545X

Autores

Tatiana Amorim, Helena Pimentel, Maria Inês M. M. Fontes, Antônio Purificação, Patrícia Lessa, Ney Boa‐Sorte,

Tópico(s)

Hemoglobinopathies and Related Disorders

Resumo

Na Bahia, desde a decada de 1980, estudos mostram elevada frequencia da doenca falciforme. A Triagem Neonatal (TN) representa importante estrategia de saude publica para reduzir a morbimortalidade associada a doenca. Assim, objetiva-se avaliar a cobertura, o tempo de coleta e a incidencia de doenca falciforme (DF) obtida no programa de TN da Bahia nos ultimos tres anos (2007-2009). Foram analisados, retrospectivamente, os resultados de exames do banco de dados do Servico de Referencia em Triagem Neonatal (SRTN) da Associacao de Pais e Amigos dos Excepcionais de Salvador (APAE-Salvador), com identificacao dos resultados alterados para a DF (FSS, FSC, FSD, FSA), sexo da crianca e idade da coleta. As incidencias entre os triados foram calculadas para todos os municipios. Nos anos de 2007 a 2009, obteve-se cobertura de 88,9% dos recem-nascidos vivos, sendo de 92,2% em 2009. A maioria (41,9%) tinha fenotipo FSS, seguidos pelos FSC (34,7%). A incidencia global foi de 1: 677 nascidos-vivos. Em numero absoluto de casos, Salvador (23,2%), Feira de Santana (4,6%), Lauro de Freitas (2,2%), Camacari (1,9%) e Valenca (1,8%) foram os municipios com maior numero de positivos. Coletaram o exame ate o 7o dia de vida 27,1% (262) e, entre este e o 15o dia, 41,3%, restando 305 criancas (31,6%) que realizaram o exame depois deste periodo. Os dados confirmam a maior incidencia conhecida de doenca falciforme do Brasil, e melhora acentuada na cobertura nos ultimos anos, mas idade da coleta inadequada (acima de 7 dias) na maioria dos casos. Palavras-chaves: anemia falciforme, doenca da hemoglobina SC, triagem neonatal.

Referência(s)