
Suscetibilidade magnética : um indicador da evolução petrológica de granitóides da Amazônia
1994; Sociedade Brasileira de Geologia; Volume: 24; Issue: 3 Linguagem: Português
10.5327/rbg.v24i1.500
ISSN2317-4889
AutoresMarilia Sacramento de Magalhães, Roberto Dall’Agnol, William A. Sauck, José Gouvêa Luíz,
Tópico(s)Paleontology and Stratigraphy of Fossils
ResumoEstudos de suscetibilidade magnetica (SM) e de minerais opacos de rochas graniticas da Amazonia permitiram discutir a relacao entre as variacoes do comportamento magnetico e os processos que ocorreram durante a evolucao dessas rochas. Os granitos mineralizados em cassiterita, Antonio Vicente, Mocambo, Velho Guilherme, Agua Boa, Madeira e Pedra Branca, apresentam SM baixa, sendo que os valores mais baixos de SM ocorrem em suas facies mais transformadas, especializadas em Sn. Os valores reduzidos de SM dessas rochas podem ser atribuidos as condicoes de fugacidade de oxigenio (fO2) relativamente redutoras durante a sua evolucao magmatica e, em parte, a sua derivacao'a partir de liquidos muito evoluidos. Os granitos Musa (Gmu) e Jamon (Gj) apresentam SM elevada, refletindo conteudos expressivos de magnetita que decrescem, como a SM, no sentido da diferenciacao magmatica (facies com anfibolio —> facies a biotita —» leucogranitos). Estas rochas devem ter se formado em condicoes de fO2 relativamente elevadas, proximas as dos tampoes NNO e HITMQ. O Granito Cigano (Gcg) e o Granodiorito Rio Maria (GDrm) apresentam variacao ampla de SM. No Gcg, as condicoes de fO2mais baixas que as do tampao NNO e superiores a FMQ devem ser a causa para este tipo de comportamento magnetico. No GDrm, esse tipo de distribuicao dos dados magneticos e consequencia da neoformacao de magnetita nas porcoes proximas ao seu contato com intrusoes graniticas do Proterozoico (Gmu e Gj), uma vez que em porcoes mais afastadas do contato, a SM e predominantemente mais baixa.
Referência(s)