
CLASSIFICAÇÃO ALOESTRATIGRÁFICA DO QUATERNÁRIO SUPERIOR NA REGIÃO DE BANANAL (SP/RJ)
1991; Sociedade Brasileira de Geologia; Volume: 21; Issue: 3 Linguagem: Português
10.5327/rbg.v21i3.375
ISSN2317-4889
AutoresJosilda R.S. Moura, Cláudio Limeira Mello,
Tópico(s)Geography and Environmental Studies
ResumoUma analise estratigrafica detalhada, como tentativa para a adocao de unidades aloestratigraficas, permitiu a ordenacao dos depositos neoquaternarios encontrados na regiao de Bananal (SP/RJ), a partir da identificacao de descontinuidades regionais, cuja caracterizacao, indispensavel ao entendimento da dinâmica evolutiva, baseia-se em argumentos estratigraficos e geomorfologicos. Os primeiros registros da sedimentacao quaternaria reconhecidos regionalmente correpondem a depositos coluviais, reunidos sob as denominacoes Aloformacao Santa Vitoria e Rio do Bananal, esta ultima preservando um paleo-horizonte A, datado em aproximadamente 10.000 anos (limite Pleistoceno/Holoceno). A sedimentacao holocenica e inicialmente registrada nos depositos argilosos, orgânicos, de origem fluvio-lacustre, da Aloformacao Rio das Tres Barras, datados em aproximadamente 9.500 anos. E documentada, a seguir, uma nova fase de coluviacao (Aloformacao Cotiara) e uma sequencia arenosa de origem fluvial (Aloformacao Rialto). Em nitida discordância erosiva sobre as unidades subjacentes, a Aloformacao Manso engloba depositos sedimentologicamente bastante diversos, apresentando tres associacoes de facies (Campinho, Quebra-Canto e Fazendinha) interdigitadas. A sequencia de eventos registra, a seguir, intercalacao entre depositos coluviais (Aloformacoes Piracema e Carrapato), responsaveis pelo reafeicoamento recente da paisagem, e fluviais (Aloformacao Resgate), testemunhos de uma nova fase de agradacao fluvial. Os depositos identificados representam eventos alternados e/ou contemporâneos da dinâmica integrada das encostas e fluxos canalizados, que provavelmente transcendem a regiao de Bananal (SP/RJ).
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