Artigo Acesso aberto Produção Nacional Revisado por pares

Mulher: uma “classe desprivilegiada em alta conta”

2011; Universidade de São Paulo - FM/USP; Volume: 18; Issue: 2 Linguagem: Português

10.11606/issn.2176-8099.pcso.2011.74503

ISSN

2176-8099

Autores

Isabelle Anchieta,

Tópico(s)

Gender, Sexuality, and Education

Resumo

<p>Dos grupos desprivilegiados, a mulher ocupa uma posição no mínimo curiosa. Ao contrário dos demais, como os negros e homossexuais, ela é exaltada socialmente pela maternidade, beleza, divindade e virtude. Símbolo da liberdade e da igualdade na Europa, na América e na Ásia, ela está simultaneamente à margem de posições sociais de prestígio na vida política, no trabalho e na família, há mais de vinte séculos. Será que o poder feminino foi ou ainda é apenas simbólico? Mas, se as imagens e os símbolos são fundamentais ao poder, por que, no caso feminino, há uma separação entre a vida real e a vida simbólica? Para responder a essas questões, será aqui feita uma análise comparativa entre dois sociólogos: o canadense Erving Goffman, na obra <em>L’arrangement des sexes </em>(sem tradução para o português), publicada em 1977, e o francês Pierre Bourdieu, com a obra <em>A dominação masculina</em>, de 1998, além do diálogo com estudos feministas e historiadores do gênero.</p>

Referência(s)