Artigo Acesso aberto Produção Nacional Revisado por pares

Tratamento endovascular do aneurisma da aorta abdominal infrarrenal em pacientes com anatomia favorável para o procedimento: experiência inicial em um serviço universitário

2011; Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular (SBACV); Volume: 10; Issue: 1 Linguagem: Português

10.1590/s1677-54492011000100006

ISSN

1677-7301

Autores

José Manoel da Silva Silvestre, Fernando Motta, Wander Eduardo Sardinha, Domingos de Morais Filho, Fernando Thomazinho, Guilherme da Silva Silvestre, Igor Schincariol Perozin,

Tópico(s)

Vascular Procedures and Complications

Resumo

CONTEXTO: Desde sua introdução, em 1991, o reparo endovascular do aneurisma da aorta abdominal infrarrenal tem se tornado uma alternativa atraente para o tratamento dessa doença. Avaliar nossos resultados iniciais quanto à segurança e eficácia dessa técnica nos levou à realização deste estudo. OBJETIVOS: Analisar a mortalidade perioperatória, a sobrevida tardia, as reoperações, as taxas de perviedade e o comportamento do saco aneurismático em pacientes com anatomia favorável para a realização do procedimento. MÉTODOS: Trata-se de um estudo longitudinal, observacional e retrospectivo realizado entre outubro de 2004 e janeiro de 2009 com 41 pacientes que foram submetidos à correção endovascular do aneurisma de aorta abdominal infrarrenal por apresentarem anatomia favorável para o procedimento. Foram analisados os achados dos exames diagnósticos, o tratamento e o seguimento em todos os pacientes. RESULTADOS: Foram implantadas, com sucesso, 31 (75,6%) próteses bifurcadas e 10 (24,5%) monoilíacas, de 5 diferentes marcas. O diâmetro médio dos aneurismas fusiformes era de 62 mm. A mortalidade perioperatória foi de 4,8% e a sobrevida tardia, 90,2%. Durante o acompanhamento médio de 30 meses, 2 (4,8%) pacientes necessitaram de reintervenção, um por migração da endoprótese e outro por vazamento tipo II. Dois (4,8%) pacientes apresentaram oclusão de ramo da prótese. Oito (19,5%) vazamentos foram diagnosticados e não houve nenhuma rotura dos aneurismas. CONCLUSÃO: Apesar do pequeno número de pacientes, os resultados observados parecem justificar a realização do procedimento endovascular nos pacientes com anatomia favorável.

Referência(s)