Artigo Acesso aberto Produção Nacional Revisado por pares

O trabalho de caminhada dos seis minutos não se correlaciona com o grau de obstrução do fluxo aéreo em doentes portadores de Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica (DPOC)**Professor do Centro Universitário Feevale de Novo Hamburgo/ Médico pneumologista do Pavilhão Pereira Filho/ Professor do Programa de Pós Graduação em Ciências Pneumológicas da Universidade Federal do Rio Grande do Sul/Professor at the Centro Universitário Feevale of Novo Hamburgo/ Pulmonologist at Pavilhão Pereira Filho/ …

2006; Elsevier BV; Volume: 12; Issue: 3 Linguagem: Português

10.1016/s0873-2159(15)30435-9

ISSN

2173-5115

Autores

Paulo José Zimermann Teixeira, Cássia Cinara da Costa, Danilo Cortozi Berton, Greice Versa, Otávio Azevedo Bertoletti, Dáversom Bordin Canterle,

Tópico(s)

Asthma and respiratory diseases

Resumo

Introdução: No teste de caminhada dos seis minutos, o principal parâmetro é a distância percorrida. Não se considera o peso corporal, embora se conheça a sua influência na capacidade de exercício. Por outro lado, existem evidências de que o grau de obstrução não se correlaciona com a distância caminhada. Objectivo: Verificar se existe correlação entre o grau de obstrução do fluxo aéreo e o trabalho de caminhar obtido a partir do produto distância x x peso (DxP). Materiais e métodos: Foram estudados 60 doentes portadores de doença pulmonar obstrutiva crónica. As variáveis fisiológicas e funcionais foram correlacionadas com a distância percorrida e com o produto distância/peso. Resultados: Não se encontraram correlações entre o trabalho de caminhar e o grau de obstrução ao fluxo aéreo, nem com os volumes pulmonares. Encontrou-se correlação positiva e significativa da distância com a difusão de monóxido de carbono (DLCO) (r = 0,6; p < 0,01) e com a SatO2 final (r = 0,3; p < 0,05). A correlação da distância foi negativa e significativa com a ∆ da escala Borg (r = - 0,3; p < 0,05). O trabalho de caminhar correlacionou-se de maneira positiva e significativa com a DLCO (r = 0,7; p < 0,01) e de maneira negativa e significativa com a escala de Borg inicial (r = - 0,3; p < 0,01) e final (r = -0,4; p < 0,05). Conclusões: Não existe correlação entre o grau de obstrução ao fluxo aéreo e o trabalho de caminhar na população estudada. A DLCO foi o único parâmetro funcional respiratório que se correlacionou significativamente com a distância e com o trabalho de caminhar. Rev Port Pneumol 2006; XII (3): 241-253 Introduction: The six-minute walking test distance, despite being considered the main parameter, does not consider body weight which is known to influence exercise capacity. A body of evidence shows the degree of airflow obstruction does not correlate to walking distance and the body weight affects the work/energy required to perform the walk. Objective: To verify if the degree of airflow obstruction correlates to six-minute walk work obtained by weight – walking distance product. Patient and methods: A total of 60 patients with chronic obstructive pulmonary disease were evaluated. The physiological and functional variables were correlated to distance and body weight – walking distance product (WxW). Results: There were no correlations between sixminute walk work and the degree of airflow obstruction. A positive and significant correlation were observed between the distance and Carbon Monoxide Diffusing Capacity (DLCO) (r = 0.6; p < 0.01) and between the distance and final SatO2 (r = 0.3; p < 0.05). Correlation between distance and Borg scale was negative and significant (r = –0.3; p < 0.05). The six-minute walk work was positive and significantly correlated to DLCO (r = 0.7; p < 0.01) and negative but significantly correlated to Borg scale in the initial (r = - 0.3; p < 0.01) and final of the test (r = -0.4; p < 0.05). Conclusion: Based on this data, there was no correlation between the degree of airflow obstruction and six-minute walk work test. The DLCO was the only respiratory functional parameter significantly correlated to the distance and to the sixminute walk work. Rev Port Pneumol 2006; XII (3): 241-253

Referência(s)