Artigo Produção Nacional

REGISTRO DE POSSÍVEL MAGMATISMO DE IDADE GRENVILLEANA NA SERRA DO ESPINHAÇO MERIDIONAL (MINAS GERAIS): EVIDÊNCIAS SEGUNDO DADOS GEOQUÍMICOS E IDADES LA-ICP-MS EM ZIRCÃO

2013; Sociedade Brasileira de Geologia; Volume: 43; Issue: 3 Linguagem: Português

10.5327/bjg.v43i3.29853

ISSN

2317-4889

Autores

Mario Luiz de Sá Carneiro Chaves, Márcio Célio Rodrigues da Silva, Ricardo Scholz, Marly Babinski,

Tópico(s)

Geological and Geochemical Analysis

Resumo

No presente trabalho, descreve-se a primeira ocorrencia in situ de uma rocha vulcanoclastica possivelmente datada no periodo Grenvilleano (~1,4-1,0 Ga) na Serra do Espinhaco Meridional, com idade maxima de deposicao em ca. 1,16 Ga. Tal rocha possui estrutura brechoide, formada por clastos de xistos, BIFs, rochas vulcânicas e granitooides, em matriz vulcânica muito fina a media, petrograficamente de natureza basica com tendencia alcalina, definida como um traquiandesito basaltico a traquibasalto. Zircoes retirados da matriz dessa rocha indicaram tres idades caracteristicas: arqueanas (principalmente entre 2,9-2,7 Ga), paleoproterozoicas (2,2-1,8 Ga) e, as mais importantes, grenvilleanas (1,20-1,16 Ga). Em relac]ao a sua assinatura geoquimica, ela nao e semelhante ao das rochas metabasicas pos-Espinhaco (Suite Pedro Lessa), datadas entre 1,0-0,9 Ga, com as quais o evento magmatico poderia ser, em principio, correlacionado. Se confirmada a ocorrencia de uma rocha ignea desta idade, e com tais caracteristicas, reforca-se a ideia de que processos magmaticos semelhantes (vulcanismo explosivo) acompanharam a evolucao da bacia Espinhaco no agora designado periodo sinrifte “II”. Tais processos provavelmente foram contemporâneos e recorrentes durante a sedimentacao da Formacao Sopa-Brumadinho, conforme as recentes datacoes geocronologicas obtidas para esta unidade, e ate entao somente tinham sido constatados atraves de zircoes detriticos naquela formacao.

Referência(s)
Altmetric
PlumX