Artigo Acesso aberto Produção Nacional

Avaliação Parasitológica de Hortaliças: da Horta ao Consumidor Final

2015; UNIVERSIDADE CESUMAR; Volume: 8; Issue: 2 Linguagem: Português

10.17765/1983-1870.2015v8n2p255-265

ISSN

2176-9206

Autores

Nelciane de Sousa Fernandes, Hildeana Rocha Guimarães, Ana Clara da Silva Amorim, Mouzarllem Barros dos Reis, Reginaldo Almeida da Trindade, Ana Carolina Fonseca Lindoso Melo,

Tópico(s)

Parasite Biology and Host Interactions

Resumo

Atualmente, o consumo de alimentos in natura tem aumentado devido à busca por uma alimentação mais saudável pela população. Entretanto, a qualidade destes alimentos em relação à sanidade microbiológica é um fator preocupante, pois a ingestão de verduras cruas pode ser um importante meio de transmissão de enteroparasitas. Este estudo avaliou a contaminação parasitária de verduras coletadas e comercializadas em hortas, feiras-livres, supermercados e restaurantes na cidade de Parnaíba, Piauí. Foram analisadas 404 amostras de hortaliças frescas. Destas, 36 foram coletadas em hortas, 120 em feiras-livres, 120 em supermercados locais e 128 em restaurantes (64 amostras pré-manipuladas e 64 pós-manipuladas). As hortaliças foram homogeneizadas com água destilada e submetidas à sedimentação por 24 horas. O sedimento foi examinado sob microscopia de luz. Foram encontradas contaminações por parasitas em 53% das amostras de hortaliças com diferenças significativas entre os locais de coleta (p<0,05). Os parasitas Entamoeba coli, Endolimax nana e larvas de Strongyloides spp foram os mais frequentes. A presença de protozoários foi significativamente maior em comparação aos helmintos (p<0,05). O tipo de adubo na plantação, o uso e o tipo de sanitizantes em restaurantes e o armazenamento sob refrigeração foram fatores com influência significativa sobre as taxas de parasitoses encontradas (p<0,05). Houve uma alta taxa de contaminação por parasitas das hortaliças coletadas em hortas, feiras-livres, supermercados e restaurantes do município de Parnaíba, Piauí. O adubo, o uso de sanitizantes e a forma de armazenamento foram fatores de risco correlacionados com a contaminação.

Referência(s)