Artigo Acesso aberto Produção Nacional Revisado por pares

Potencial biotécnico do sarandi-branco (<i>Phyllanthus sellowianus</i> Müll. Arg.) e vime (<i>Salix viminalis</i> L.) para revegetação de margens de cursos de água.

2005; UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA; Volume: 14; Issue: 1 Linguagem: Português

10.5902/198050981777

ISSN

1980-5098

Autores

Fabrício Jaques Sutili, Miguel Antão Durlo, Delmar Antônio Bressan,

Tópico(s)

Soil Management and Crop Yield

Resumo

Mesmo com planejamento e trabalho cuidadoso no uso dos recursos naturais, em particular dos cursos de água, é inevitável que algumas áreas sejam modificadas negativamente, que partes de margens ou encostas percam sua estabilidade e que ocorram erosões e deslizamentos. Quando isso acontece é necessária a recomposição e a estabilização física das áreas atingidas. Algumas técnicas de natureza biológica, capazes de proporcionar soluções baratas e de fácil implementação já são conhecidas, restando que se investigue a disponibilidade e aplicabilidade de materiais construtivos de cada região, bem como o potencial biotécnico das espécies vegetais de ocorrência local. No presente trabalho, procurou-se investigar - em situação prática de campo - a capacidade de pega por estacas, de duas espécies abundantes em beiras de cursos de água: sarandi-branco (Phyllanthus sellowianus Müll. Arg.) e vime (Salix viminalis L.). O plantio experimental foi realizado em uma margem com problemas de corrosão, localizada no arroio Guarda-mor na região central do estado do Rio Grande do Sul. Foram utilizadas estacas retiradas de diferentes porções do ramo (base, meio e ponta). Com uma verificação feita 60 dias após o plantio, pode-se concluir que as duas espécies se mostraram potencialmente aptas para a recomposição vegetativa de margens. Em média, o sarandi-branco mostrou um percentual de pega de 78%, que foi significativamente superior ao do vime (69%). Para as duas espécies, observou-se que quanto maior a proximidade com o nível da água e quanto maior o diâmetro das estacas, (base > meio > ponta), tanto maior foi o percentual de pega.

Referência(s)