
A RAÇA DE SUÍNOS MOURA COMO ALTERNATIVA PARA A PRODUÇÃO AGROECOLÓGICA DE CARNE
2007; Associação Brasileira de Agroecologia; Volume: 2; Issue: 1 Linguagem: Português
ISSN
1980-9735
AutoresJ. A. Fávero, E.P. Figueiredo, Luiz M. Fedalto, Nilson Woloszyn,
Tópico(s)Rural Development and Agriculture
ResumoA raca Moura (MO) foi bastante difundida no Sul do Brasil, nas primeiras decadas do seculo passado, nao havendo registro de sua origem. Tudo indica que os individuos dessa raca sejam descendentes de racas Ibericas introduzidas pelos portugueses logo apos o descobrimento do Brasil. As primeiras iniciativas de formacao de plantel para selecao e fomento da raca MO, ocorreram no Estado do Parana, inicialmente pela Universidade Federal do Parana (UFPr), em 1985, e mais tarde pela empresa Cafe do Parana. Os primeiros registros genealogicos da raca foram emitidos pela Associacao Brasileira de Criadores de Suinos (ABCS) em 1990, ano que marcou a abertura do Pig Book Brasileiro (PBB) da Raca MO. Dois outros criadores, tambem do Parana, iniciaram a registrar animais MO a partir do ano 1992. Todas essas iniciativas, no entanto, nao tiveram continuidade, pois os ultimos registros da raca foram emitidos pela ABCS em 1995. A preservacao de material genetico tem sido um tema muito discutido nos dias atuais, pois os processos intensivos de selecao, concentrados em algumas racas, tem diminuido a variabilidade genetica das especies e a biodiversidade, causando ao mesmo tempo perdas no que diz respeito a qualidade da carne e a resistencia as doencas. Outro aspecto importante diz respeito a crescente demanda da sociedade, em especial aquela de maior poder aquisitivo, por produtos mais naturais ou orgânicos, incluindo ai a carne suina produzida seguindo os preceitos do bem-estar animal e utilizando racoes com o minimo de aditivos. Tambem e motivo relevante a preocupacao crescente com a sobrevivencia da propriedade familiar, entendida como exploracao de pequeno e medio porte, que necessita produzir alimentos para atender o consumo proprio, incluindo a banha, e para a venda do excedente com maior valor agregado, sob a forma de cortes “in natura”, defumados e embutidos. Essas tres bases apresentadas sugerem o estudo e a disponibilizacao de material genetico alternativo para a suinocultura, buscando reunir em um unico animal caracteristicas diferenciadas de rusticidade, aproveitamento de alimentos disponiveis na pequena propriedade rural, producao de carne com maior indice de Embrapa Suinos e Aves, Concordia, SC. e-mail: favero@cnpsa.embrapa.br Universidade do Contestado – Campus de Canoinhas, Canoinhas, SC. Resumos do II Congresso Brasileiro de Agroecologia
Referência(s)