The Temple School: Transcendentalist Pedagogy and Moral Regulation in Antebellum America
2012; UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO; Volume: 8; Issue: 15 Linguagem: Português
10.12957/childphilo.2012.20743
ISSN2525-5061
Autores Tópico(s)Diverse Education Studies and Reforms
ResumoCom o advento da era da escola comum nos Estados Unidos, membros do Club Transcendentalista desafiaram diretamente a pedagogia de Locke e da instrucao tradicional, dogmatica e religiosa em favor de uma experiencia de educacao moral dialogica, que remontava a Academia de Platao. Em particular, os transcendentalistas contestavam a ascensao do empirismo no movimento da escola comum, em geral, e dentro da vida espiritual e intelectual de seus proprios irmaos, Unitarios de Harvard. As linguas gregas e latina, que haviam marcado a tradicao intelectual ocidental durante milhares de anos, estavam sendo suplantadas pelas ciencias modernas da academia a universidade. Muitos intelectuais estavam preocupados de que as artes liberais ja nao tinham dado forma as mentes, focadas desde o exterior no desenho e na construcao do moderno estado industrial. Desconfiados de qualquer andaime materialista cognitivo que pudesse surgir do fato de se centrar unicamente no mundo empirico, os transcendentalistas favoreceram Kant e Hegel, defendendo o racionalismo, ao lado da mistica crista. Um transcendentalista, em palavras de Emerson, “cre na abertura permanente da mente humana a nova afluencia de luz e poder, cre na inspiracao, no extase [...] A medida espiritual de inspiracao e a profundidade do pensamento, e nunca, quem o pronunciou.” A educacao portanto, deve honrar a abertura perpetua e a profundidade de pensamento atraves diversas formas de expressao, sendo o discurso uma delas. Em 1834, Bronson Alcott, um membro do Club Transcendentalista, abriu a Escola para a cultura humana em Boston, Massachusetts. Alcott buscava oferecer as criancas uma educacao que honrasse a inspiracao pessoal e a visao intelectual atraves de uma pedagogia que desafiava a mimesis dogmatica. Alcott argumentou que “a crianca e o livro. As operacoes de sua mente sao o verdadeiro sistema [...] Que siga com seus impulsos, os pensamentos [...] em seus proprios principios e a ordem racional de expressao [...]” Trinta meninos e meninas entre tres e doze anos frequentaram a escola de Alcott que foi projetada para promover o crescimento intelectual e espiritual dos jovens. O metodo socratico formou a base pedagogica do programa de estudos na instituicao de Alcott. Ele usou citacoes dos Evangelhos, da filosofia e da literatura classicas, como disparadores do dialogo. Durante as classes de ortografia palavras especificas eram discutidas para ajudar a elucidar a compreensao conceitual e a fluidez linguistica. Felizmente, uma professora assistente de Alcott, Elizabeth Peabody, gravou muitas dessas conversas. Este texto apresenta uma analise de varios dos dialogos que se apresentam no texto de Peabody. O estudo das questoes especificas de Alcott, das respostas dos estudantes a essas perguntas, e os movimentos dialogicos subsequentes propiciam uma porta de entrada para a compreensao da pedagogia transcendentalista. Em particular, o artigo se centra nas tentativas de Alcott de uma regulacao moral, um conceito definido por Rousmaniere, Delhi e Coninck Smith como “a disciplina das identidades pessoais e da formacao da conduta e da consciencia atraves de auto-apropriacao de morais e crencas sobre o que e correto e incorreto, possivel e impossivel, normal e patologico.” Alcott acreditava que a deliberacao razoavel e imperativa para a regulacao moral das criancas, porque no encontro dialetico se molda a mente reflexiva. Mais ainda, Alcott argumentava que o reino das ideias permite a alguem experimentar o bem, e assim evitar as tentacoes do mundo material.
Referência(s)