Artigo Revisado por pares

Congenital toxoplasmosis in South American children

2010; Editora da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (EDIPUCRS); Volume: 20; Issue: 1 Linguagem: Português

ISSN

1980-6108

Autores

Jorge Enrique Gómez‐Marín,

Tópico(s)

Parasitic Infections and Diagnostics

Resumo

OBJETIVOS: revisar o conhecimento atual sobre toxoplasmose congenita na America do Sul e tracar algumas hipoteses para futura pesquisa. FONTE DE DADOS: busca nas bases de dados Pubmed e Scielo por artigos sobre caracteristicas clinicas de coortes de criancas com toxoplasmose congenita na America do Sul e estudos comparativos entre America do Sul e outros continentes. SINTESE DOS DADOS: uma analise sistematica de dados primarios obtidos durante programas de triagem mostrou que o risco de lesoes oculares foi muito maior na coorte de criancas da America do Sul (47%, 18/38) do que nas europeias (14%, 79/550). O risco bruto de lesoes intracranianas foi muito maior na coortes da America do Sul (53%, 20/38) do que nas da Europa (9%, 49/550). Em uma coorte colombiana constatou-se 11% de mortalidade. Adicionalmente, uma coorte prospectiva, que comparou criancas com toxoplasmose congenita do Brasil e da Europa, mostrou que nas criancas brasileiras as lesoes oculares foram maiores, mais numerosas e com maior probabilidade de atingir o polo posterior da retina do que nas europeias. A presenca de cepas de Toxoplasma gondii diferentes das da Europa e dos Estados Unidos pode explicar a maior gravidade da toxoplasmose congenita na America do Sul. CONCLUSOES: a toxoplasmosis congenita na America do Sul parece ser mais frequente e as criancas infectadas sao mais sintomaticas do que na Europa e na America do Norte. A pesquisa sobre novas drogas e vacinas deve ser prioritaria, para melhorar os indicadores de saude nas criancas da America do Sul.

Referência(s)