
Estética do improviso no cinema de periferia
2012; Editora da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (EDIPUCRS); Volume: 19; Issue: 2 Linguagem: Português
10.15448/1980-3729.2012.2.11005
ISSN1980-3729
Autores Tópico(s)Literature, Culture, and Criticism
ResumoAs análises dos documentários Super gato contra o apagão (Kinoforum, 2002) e Como se rouba a cena no cinema (Kinoforum, 2006) revelam uma significativa presença do improviso – da tomada, das condições de produção, da existência – que se constitui naquilo que denominaremos de estética do improviso, um traço estético importante da produção de filmes nas periferias. Essa discussão encontra ancoragem no conceito de estética de Mikhail Bakhtin. Ao considerar a atividade estética como integrante de um todo sócio-histórico circunscrito, esse autor sinaliza para um duplo aspecto: a rejeição da ideia de “arte pela arte” e a recusa da produção artística como mero reflexo da atividade psíquica e subjetiva do produtor. Esse postulado se revela útil, portanto, para pensarmos a organização estética de filmes realizados em comunidades periféricas.
Referência(s)