
Movimentos sociais, partidos políticos e análise de redes: uma entrevista com Ann Mische
2015; Universidade de São Paulo - FM/USP; Volume: 22; Issue: 1 Linguagem: Português
10.11606/issn.2176-8099.pcso.2015.102218
ISSN2176-8099
AutoresCatalina González Zambrano, Gabriela Pereira Martins, Rafael de Abreu e Souza,
Tópico(s)Urban and sociocultural dynamics
Resumo<div><p>Ann Mische possui bacharelado em Filosofia pela Universidade de Yale, com Mestrado e Doutorado em Sociologia pela New School for Social Research. Suas áreas de interesse se concentram na Sociologia da Cultura e dos Movimentos Sociais. Seus trabalhos são referência para quem pesquisa a partir da Sociologia Relacional e da análise de redes. Atualmente, é professora de Sociologia e de estudos de conflito e paz no Kroc Institute for International Peace Studies e no Departamento de Sociologia da Universidade de Notre Dame, em South Bend, Indiana, nos Estados Unidos.</p><p>A socióloga norte-americana desenvolveu sua tese doutoral que analisou a participação de movimentos sociais e redes de jovens na luta pelo <em>impeachment</em>, em 1992, com orientação do professor Charles Tilly. Depois, elaborou a tese em um livro mais extenso e detalhado sobre redes de movimentos juvenis no período da redemocratição, intitulado <em>Partisan publics: communication and contention across Brazilian youth activist networks</em>. Nessa obra, Mische trata da relação entre associações cívicas e partidárias entre jovens brasileiros, durante os anos de transição e reconstrução democrática, examinando, para tanto, as afiliações múltiplas de ativistas. Isso ajudou a entender os diversos tipos de lideranças políticas, sobretudo por meio da análise de redes, interpretativa e histórica.</p><p>O livro foi publicado em 2008, pela Princeton University Press, e obteve menção honrosa de melhor obra em Sociologia Política da Associação Americana de Sociologia, em 2009. A professora Ann Mische esteve no Brasil a convite do Laboratório de Pesquisa Social (Laps) do Departamento de Sociologia da USP e ministrou a conferência “‘Vem pra rua, mas sem partido’: ambivalência partidária e a reconfiguração do ativismo no Brasil”. A entrevista a seguir foi realizada no dia 04 de agosto de 2014 e se atém à sua trajetória acadêmica, sua pesquisa no Brasil e à atualidade dos movimentos sociais no país.</p></div>
Referência(s)