
Corrupção Burocrática e Empreendedorismo: Uma Análise Empírica dos Estados Brasileiros
2015; Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Administração (ANPAD); Volume: 19; Issue: 3 Linguagem: Português
10.1590/1982-7849rac20151611
ISSN1982-7849
AutoresFelipe Luiz Neves Bezerra de Melo, Luciano Menezes Bezerra Sampaio, Renato Lima de Oliveira,
Tópico(s)Economic Growth and Development
ResumoA atividade empreendedora representa papel preponderante na dinâmica econômica de uma nação. Estudos anteriores afirmam que fatores institucionais estão correlacionados com a abertura de novos negócios, entretanto a literatura é divergente quanto ao efeito da corrupção burocrática sobre o empreendedorismo. Desse modo, o presente estudo tem por objetivo verificar a relação entre empreendedorismo e corrupção burocrática, tendo como base os estados brasileiros e Distrito Federal, para o período de 2000 a 2008. Adota-se o termo empreendedorismo como o ato de abrir uma nova empresa, como em Say (1816), Mescon e Montanari (1981) e Lachman (1980). A principal hipótese é que a abertura de empresas nos estados brasileiros é afetada negativamente pela incidência da corrupção. Através do método de regressão com dados em painel, foram estimados os modelos com dados agrupados e com efeitos fixos e aleatórios. Para mensurar a corrupção, utilizou-se o Índice Geral da Corrupção de Boll (2010) para os estados brasileiros e, para representar o empreendedorismo, a abertura de empresas per capita por estado. Os testes de Chow (1960), Hausman (1978) e Breusch e Pagan (1979) apontam que o modelo de efeitos aleatórios é o mais apropriado e seus resultados indicam uma correlação positiva entre o índice de corrupção e a abertura de empresas, contrariando as evidências empíricas encontradas em trabalhos anteriores realizados para o Brasil.
Referência(s)