Artigo Acesso aberto Produção Nacional Revisado por pares

Do recordar e do esquecer: a questão da memória em Agostinho, Nietzsche e Freud

2011; Volume: 12; Issue: 3 Linguagem: Português

10.4013/fsu.2011.123.05

ISSN

1984-8234

Autores

Rogério Miranda de Almeida,

Tópico(s)

Hume's philosophy and hair distribution

Resumo

Este texto se propõe analisar e fazer ressaltar a surpreendente coincidência de intuições que permeiam as teorias de Agostinho de Hipona, de F. Nietzsche e S. Freud no que diz respeito à questão da memória e do esquecimento. Nestes três pensadores, a memória não é uma faculdade apta a reproduzir, a nosso talante, as imagens e impressões que ela teria passivamente recebido do mundo externo ou da nossa experiência passada. Pelo contrário, trata-se de uma faculdade ativa, onde se desenrola uma dinâmica de forças e de relações de forças responsável pelos mecanismos de defesa, pelos atos falhos e pelo esquecimento. Assim, o esquecimento não é a expressão de um mero acaso, mas antes o sintoma de uma resistência que sobrevém ao próprio sujeito, apesar do sujeito.

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