
Sistema internacional de hegemonia conservadora e a paralisia da governança climática global
2013; Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Ambiente e Sociedade (ANPPAS); Volume: 16; Issue: 3 Linguagem: Português
10.1590/s1414-753x2013000300009
ISSN1983-0211
Autores Tópico(s)Sustainable Development and Environmental Policy
ResumoNa obra Sistema internacional de hegemonia conservadora: governanca global e democracia na era da crise climatica, os autores Eduardo Viola, Matias Franchini e Thais Lemos Ribeiro explicam como e porque a crise climatica pode alterar profundamente a configuracao e a dinâmica das relacoes internacionais contemporâneas. Para tanto, partem da premissa de que a problematica da mudanca climatica consiste em um vetor civilizatorio central de nossa epoca, ou seja, um elemento principal na definicao do presente e do futuro das sociedades humanas, alem de uma fronteira planetaria fundamental para demarcar um espaco de operacao segura da humanidade. Com esse intuito, os autores utilizam a recente e inovadora abordagem das fronteiras planetarias para reforcar o argumento da forca civilizatoria do vetor climatico. A nocao de fronteiras planetarias aparece como forma global e sistemica de abordar a sustentabilidadei. Nesse contexto, o principal desafio consiste em encontrar um espaco de operacao segura da humanidade. A governanca global torna-se essencial na medida em que os limiares planetarios correspondem a global commons. Sem elevados niveis de cooperacao internacional, e impossivel definir e proteger um espaco de operacao segura para a humanidade. O conceito de economia verde de baixo carbono parece adequado para lidar com as fronteiras planetarias. Nesse sentido, ao contrario dos conceitos de desenvolvimento sustentavel e de economia de baixo carbono, economia verde de baixo carbono aparece como novo paradigma, segundo o qual o modelo de desenvolvimento global deve operar dentro dos limites planetarios e de acordo com o espaco seguro para a humanidade. A economia verde de baixo carbono aponta para a prosperidade sem crescimento, mas sem deixar de considerar a equidade. Nesse sentido, ha espaco significativo de crescimento para os paises pobres, algo menos para paises emergentes e crescimento proximo de zero para as sociedades desenvolvidas.
Referência(s)