
Foucault e a "nova história", de Jacques LeGoff
2003; Universidade de São Paulo - FM/USP; Volume: 10; Linguagem: Português
10.11606/issn.2176-8099.pcso.2003.68075
ISSN2176-8099
AutoresDirceu Franco Ferreira, Maurício Pelegrini,
Tópico(s)Literature, Culture, and Criticism
ResumoNesta conferência, Jacques LeGoff aborda o interesse de Foucault pela chamada "nova história" no decênio 1965-1974, época de publicação <em>de As palavras e as coisas</em> e <em>A arqueologia do saber</em>. Recorre ainda à sua memória pessoal para mostrar as relações recíprocas entre Foucault e o grupo dos <em>Annales</em>. Para ambos, é fundamental o conceito de genealogia, ou seja, de uma investigação histórica que parta do presente, ideia já contida no ataque de Marc Bloch ao conceito de origem. A nova história define-se também pela escolha de novos objetos, ignorados até então pela história tradicional. Nessa perspectiva, a história das mentalidades é vista criticamente como resposta à história tradicional das ideias. Abordam-se, ainda, brevemente, os conceitos de longa duração, história global e história total. Para LeGoff, Foucault, apesar de não ser propriamente historiador, manteve um grande interesse pelas inovações na pesquisa histórica, e deixa aos historiadores uma importante lição: a da inquietude.
Referência(s)