Artigo Acesso aberto Produção Nacional Revisado por pares

Governança corporativa: um novo nome para antigas práticas?

2004; UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO; Volume: 15; Issue: 36 Linguagem: Português

10.1590/s1519-70772004000300008

ISSN

1808-057X

Autores

Álvaro Ricardino, Sofie Tortelboom Aversari Martins,

Tópico(s)

Corporate Finance and Governance

Resumo

Em 1754, para tentar reverter a grave crise econômica que se abatia sobre o Estado do Grão-Pará e Maranhão, situado no noroeste do Brasil, o então Governador Francisco Xavier de Mendonça Furtado solicita ao seu irmão, o Marquês de Pombal, Primeiro Ministro de Portugal, que faça esforços junto ao rei para a aprovação de uma companhia de comércio destinada a transportar escravos negros para serem comercializados naquele Estado, como forma de substituir a mão-de-obra indígena, pouco acostumada ao trabalho. Objetivando adiantar o processo e contando apenas com sua memória e experiência, o Governador redigiu e encaminhou ao irmão a minuta dos estatutos daquele empreendimento. Seus vinte e sete parágrafos podem ser considerados avançados para a época e possuem diversos conceitos que hoje são práticas recomendáveis de Governança Corporativa. Considerando-se que mais de duzentos anos separam a iniciativa de Mendonça Furtado dos estudos sobre Governança Corporativa, vale perguntar: Governança Corporativa é um novo nome para antigas práticas?

Referência(s)