Artigo Produção Nacional Revisado por pares

Educação escolar indígena? A gente precisa ver

2008; Brazilian Society for the Advancement of Science; Volume: 60; Issue: 4 Linguagem: Português

ISSN

2317-6660

Autores

Wilmar da Rocha D’Angelis,

Tópico(s)

Rural and Ethnic Education

Resumo

O QUE JA TEMOS PARA LER Nao sao poucas as paginas que se tem preenchido a respeito da educacao escolar indigena. O numero de dissertacoes, teses, apresentacoes e textos em congressos, artigos em periodicos e livros sobre experiencias particulares ja se conta em centena. Para citar apenas “coletâneas”, e as mais importantes, devemos comecar pelo pioneiro A questao da educacao escolar indigena, organizado pela Comissao Pro-Indio de Sao Paulo, resultado de um dos primeiros encontros nacionais sobre o tema (publicado pela Brasiliense, 1981). Na sequencia (cronologica), e indispensavel citar Por uma educacao indigena diferenciada, organizado por Ana Suelly A. C. Cabral, Nietta Monte e Ruth Monserrat (Fundacao Pro-Memoria, 1987). Outros encontros importantes que geraram uma boa publicacao foram organizados no âmbito do indigenismo ligado aos setores ditos progressistas da Igreja Catolica e de outras igrejas cristas, e renderam o conhecido A conquista da escrita, organizado por Loretta Emiri e Ruth Monserrat, sob os auspicios da Operacao Anchieta (Iluminuras, 1989). Na decada de 1990, marcou epoca a publicacao de um numero especial da revista Em Aberto, do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anisio Teixeira do Ministerio da Educacao (Inep-MEC, n. 63, 1994), que trazia as “Diretrizes para a politica de educacao escolar indigena”, do MEC (1993) e um conjunto de artigos propositivos a respeito do que deveria ser o que se comecou a denominar “ensino diferenciado”. O MEC publicou, na sequencia, os “Referenciais curriculares nacionais para a escola indigena” (RCNEI), em 1998. A coletânea que fechou a decada foi um numero da revista Cadernos do Cedes, dedicado a “educacao indigena e interculturalidade” (n. 49, 1999) (1). Na primeira decada do novo seculo, e importante registrar as obras produzidas sob os auspicios do grupo Mari (de educacao indigena), do Departamento de Antropologia da Universidade de Sao Paulo (USP): Praticas pedagogicas na escola indigena, organizado por Aracy Lopes da Silva (Global, 2001); Antropologia, historia e educacao: a questao indigena e a escola, organizado por Aracy Lopes da Silva e Mariana K. L. Ferreira (Global, 2001); Criancas indigenas: ensaios antropologicos, organizado por Ana Vera L.S. Macedo (Global, 2002). No mesmo periodo, quase uma decada depois do famoso Em Aberto (n. 63), o Inep reservou outro numero da revista exclusivamente ao tema (n. 76,

Referência(s)