Artigo Acesso aberto Revisado por pares

Permanent pacemaker implantation after aortic valve replacement: Long-term dependency or rhythm recovery?

2015; Elsevier BV; Volume: 34; Issue: 9 Linguagem: Português

10.1016/j.repc.2015.03.010

ISSN

2174-2030

Autores

Vânia Ribeiro, Raquel Mota Garcia, Cecília Frutuoso, Filipa Melão, Marta Pereira, Paulo Pinho, Maria Júlia Maciel,

Tópico(s)

Cardiac Structural Anomalies and Repair

Resumo

Conduction disturbances requiring permanent pacemaker (PM) implantation occur in 3–12% of patients after aortic valve replacement (AVR). Our aim was to assess long-term PM dependency and its predictors in these patients. We conducted a retrospective study of all consecutive patients undergoing permanent PM implantation after AVR between January 2004 and December 2010. Absence of sinus rhythm or atrial fibrillation with appropriate ventricular response at a pacing rate of 30 bpm for 10 s was defined as pacemaker dependency. Ninety-one patients underwent permanent PM implantation and during follow-up (1026.6±732.0 days) 64% of them did not recover rhythm. Age, conduction disorders on the preoperative ECG, negative chronotropic medication before surgery, cardiopulmonary bypass and aortic cross-clamp times did not influence rhythm recovery. In multivariate analysis, valvular disease etiology related to endocarditis, prosthetic dysfunction and bicuspid valve were associated with long-term PM dependency (OR 5.05; CI: 1.43–17.75). The majority of patients undergoing permanent PM implantation after AVR did not recover from conduction disorders during follow-up. The etiology of valvular disease was an independent predictor of late PM dependence. Distúrbios da condução que requerem implantação de pacemaker (PM) permanente após a substituição da valva aórtica (SVA) ocorrem em 3-12% dos doentes. O objetivo do estudo foi avaliar a dependência do PM a longo prazo e os seus preditores neste grupo de doentes. Foi realizado um estudo retrospetivo de todos os doentes submetidos a implantação de PM definitivo após SVA entre janeiro de 2004 e dezembro de 2010. A ausência de ritmo sinusal ou fibrilação auricular com frequência ventricular adequada sob PM a 30 batimentos/min durante um curto período de 10 segundos foi definido como dependência de PM. Noventa e um pacientes foram submetidos a implantação de PM permanente e durante o período de follow-up (1026,6 ± 732,0 dias) 64% deles não recuperaram o ritmo. A idade, os distúrbios de condução no ECG pré-operatório, uso de medicação cronotrópica negativa antes da cirurgia, o tempo de circulação extracorporal e o tempo de clampagem da aorta não influenciaram a recuperação do ritmo. Na análise multivariada, a etiologia da doença valvular (endocardite, disfunção de prótese ou válvula bicúspide) esteve associada à dependência de PM a longo prazo (OR 5,05; IC: 1,43-17,75). A maioria dos doentes submetidos a implantação de PM permanente após SVA não recupera dos distúrbios de condução durante o follow-up. A etiologia da doença valvular foi um preditor independente da dependência de PM a longo prazo.

Referência(s)