Artigo Acesso aberto Produção Nacional Revisado por pares

Epidemiologia do trauma raquimedular cervical na zona norte da cidade de São Paulo

2001; Thieme Medical Publishers (Germany); Volume: 20; Issue: 03/04 Linguagem: Português

10.1055/s-0038-1623470

ISSN

2359-5922

Autores

Ricardo Vieira Botelho, Carla Maria Balieiro Abgussen, Gustavo Campos Furtado Pereira Machado, Alexandre José Reis Elias, Ana Amélia Benedito‐Silva, Lia Bittencourt, Emílio Afonso França Fontoura,

Tópico(s)

Shoulder and Clavicle Injuries

Resumo

Resumo Objetivos: Estudar a epidemiologia do paciente vítima de trauma raquimedular cervical na zona norte da cidade de São Paulo, na área definida como DIR IV e na região de Franco da Rocha, entre 1996 e 2000. Métodos: Estudo parte retrospectivo, parte prospectivo, baseado em dados de protocolo padronizado para trauma raquimedular, consultas médicas e estudo de prontuários. Casuística: 95 pacientes consecutivos foram estudados entre abril de 1996 e dezembro de 2000. Conclusões: A incidência de casos de trauma raquimedular geral estimada foi de 22,63 milhão/ano e de trauma cervical foi de 8,6 milhão/ano. A média mensal foi 84% maior no ano de 1999 em comparação a 1996. Predominaram as quedas ao solo como causa. A média de idade foi de 35 anos. Quarenta e cinco por cento da amostra apresentava-se com menos de 30 anos. Quarenta e dois por cento dos pacientes apresentaram complicações potencialmente graves. A média de internação foi de 25,86 dias. As lesões O-C1-C2 causaram dano neurológico menos freqüentemente que as C3-C7 (11,6%/ 61,04%). As lesões que produziram deficit completo acima de C3 foram fatais. Mais de 60% dos pacientes com traumatismo C3-C7 apresentaram deficits neurológicos e 41,5% apresentam paralisia, com nenhuma força evidente ao exame, com ou sem preservação sensitiva; 44% destes morreram. Um paciente teve piora neurológica antes da cirurgia e outro teve seu quadro neurológico piorado pela cirurgia. O estado neurológico e o nível da lesão foram os fatores prognósticos mais importantes. Os 95 pacientes utilizaram 77 sistemas de fixação e/ou halo-coletes.

Referência(s)