
DETECTABILIDADE MAGNÉTICA DE DIQUES DO ARCO DE PONTA GROSSA: UM ESTUDO INTEGRADO DE MAGNETOMETRIA TERRESTRE/AÉREA E MAGNETISMO DE ROCHA
1991; Sociedade Brasileira de Geologia; Volume: 21; Issue: 4 Linguagem: Português
10.5327/rbg.v21i4.382
ISSN2317-4889
AutoresNaomi Ussami, Alexandre Kolisnyk, María Irene Bartolomeu Raposo, Francisco José Fonseca Ferreira, Eder Cassola Molina, Márcia Ernesto,
Tópico(s)Fish biology, ecology, and behavior
ResumoEnxames de diques mesozoicos ocorrem no Arco de Ponta Grossa, entre a borda leste da Bacia do Parana e a margem continental sudeste do Brasil. Estes enxames compreendem diques, na maioria toleiticos, com larguras que variam de alguns metros a 100 m, e intrudem o embasamento Pre-Cambriano e os sedimentos paleozoicos na direcao preferencial NW. A analise preliminar dos dados aeromagneticos sugeriu que os diques continuam na direcao noroeste, em direcao ao centro da Bacia do Parana, sob os derrames basalticos e sedimentos posvulcânicos. Com o objetivo de investigar a detectabilidade magnetica de diques nao-aflorantes por aerolevantamentos convencionais, um estudo combinado de magnetometria terrestre/aerea e magnetismo de rochas foi conduzido na regiao norte do Arco de Ponta Grossa (Fartura, SP), onde os diques afloram. Um perfil magnetometrico terrestre de 16 km de extensao, com intervalos entre as medidas de 12,5 a 25,0 m, foi levantado na regiao. Existe uma correspondencia entre os diques aflorantes e anomalias magneticas de curto comprimento de onda. Os dados magnetometricos terrestres foram transformados em dados aeromagneticos pela tecnica de continuacao para cima, a varias alturas, ate coincidir com a linha de voo de um aerolevantamento efetuado a 450 m acima do terreno (a.t.). Este processo revelou que a maioria das anomalias magneticas de diques sao fortemente atenuadas a uma altura de apenas 100 m. A 450 m a.t, somente anomalias associadas a um grupo de diques ou anomalia devida a um unico dique com forte magnetizacao permanecem. Estes resultados foram integrados aos dados de magnetizacao dos diques medidos em laboratorio, a fim de estabelecer um criterio quantitativo de detectabilidade magnetica de diques a partir de aerolevantamentos magneticos con-vencionais. Conclui-se que, nesta regiao, a maioria dos diques somente sao detectados por levantamentos terrestres, por causa da baixa magnetizacao e pequena largura dos diques. Dois perfis magnetometricos terrestres adicionais foram levantados na regiao de Maringa (PR) e Teodoro Sampaio (SP), onde os diques nao afloram, e os resultados analisados. Estes mostram que os diques do Arco de Ponta Grossa devem continuar para noroeste, em direcao ao eixo central da bacia, cortando discordantemente as espessas sequencias de derrames basalticos. Estes resultados reforcam as evidencias geoquimica e paleomagnetica de que os diques da borda leste da Bacia do Parana estao associados a um evento tectonomagmatico tardio ou subsequente ao derrame basaltico principal da Formacao Serra Geral das partes sul e central da Bacia do Parana.
Referência(s)