
MORFOLOGIA DOS MINERAIS DE OURO E ARSENOPIRITA NO DEPÓSITO MARIA LÁZARA (GUARINOS, GOIÁS) E SUAS IMPLICAÇÕES NOS MECANISMOS DE DEPOSIÇÃO
1992; Sociedade Brasileira de Geologia; Volume: 22; Issue: 3 Linguagem: Português
10.5327/rbg.v22i3.417
ISSN2317-4889
AutoresGênova Maria Pulz, Éder S. Martins, Reinhardt A. Fuck,
Tópico(s)Mineral Processing and Grinding
ResumoA morfologia dos graos de ouro e de arsenopirita que ocorrem nos veios e no halo de alteracao hidrotermal do deposito Maria Lazara (Goias) foi estudada sob microscopio optico com luz refletida e com microscopio eletronico de varredura (MEV). A arsenopirita revelou feicoes de deformacao, de recuperacao e texturas de corrosao (microcavidades de dissolucao), as quais indicam a percolacao de fluidos tardios. As especies auriferas analisadas mostraram uma ampla variedade de formas que fornecem evidencias dos mecanismos de sua precipitacao apos a intensa sulfetacao do metabasalto. As relacoes texturais e quimicas da associacao ouro-arsenopirita demonstram que a deposicao do ouro, tanto nos veios como no halo hidrotermal, independe dos processos de deformacao e recristalizacao metamorfica da arsenopirita ou da matriz hidrotermalizada. A precipitacao do ouro livre diretamente do fluido hidrotermal apos a deposicao da arsenopirita pode estar relacionada com: 1. a oxidacao do fluido hidrotermal e, 2. reacoes eletro-quimicas promovidas pela elevada conduti vidade eletrica dos sulfetos preexistentes. Marcas na superficie dos minerais auriferos do estagio tardio de deposicao sugerem mudancas pos-deposicionais nas condicoes fisicoquimicas do fluido hidrotermal. Essas mudancas durante a evolucao do sistema hidrotermal no deposito Maria Lazara favoreceram processos de remobilizacao dos minerais auriferos, contribuindo para a distribuicao erratica dos teores de ouro no nivel mineralizado.
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