Artigo Acesso aberto Produção Nacional Revisado por pares

Crises financeiras nos anos 1990 e poupança externa

2008; UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS; Volume: 18; Issue: 3 Linguagem: Português

10.1590/s0103-63512008000300001

ISSN

1980-5381

Autores

Luiz Carlos Bresser‐Pereira, Lauro Gonzalez, Cláudio Ribeiro de Lucinda,

Tópico(s)

Banking stability, regulation, efficiency

Resumo

Ao contrário do que afirma a análise econômica convencional, a causa principal das crises financeiras dos países emergentes dos anos 1990 e início dos anos 2000s começando pela do México (1994) e terminando com a da Argentina (2001) não foi fiscal, mas a decisão dos governos de promover o crescimento com poupança externa, isto é, com déficits em conta corrente. Como a taxa de câmbio tem outros determinantes além da absorção interna, o pressuposto dos déficits gêmeos com frequência não é válido. Essas foram de balanço de pagamentos e se caracterizaram por elevados déficits em conta corrente e forte aumento da dívida externa e/ou por forte aumento do déficit em conta corrente, que levaram os credores a se persuadirem que o problema do país era ou de liquidez ou de solvência, ou ambos, e decidirem, subitamente, suspender a rolagem da dívida externa do país. Um teste econométrico substancia a hipótese do trabalho.

Referência(s)