Artigo Acesso aberto Produção Nacional Revisado por pares

Fatores de risco e profilaxia para tromboembolismo venoso em hospitais da cidade de Manaus

2009; Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia; Volume: 35; Issue: 2 Linguagem: Português

10.1590/s1806-37132009000200003

ISSN

1806-3756

Autores

Edson de Oliveira Andrade, Fábio Arruda Bindá, Ângela Maria Melo da Silva, Thais Ditolvo Alves da Costa, Marcélio Costa Fernandes, Márcio Costa Fernandes,

Tópico(s)

Blood Coagulation and Thrombosis Mechanisms

Resumo

OBJETIVO: Identificar e classificar os fatores de risco para tromboembolismo venoso (TEV) em pacientes internados, avaliando as condutas médicas adotadas para a profilaxia da doença. MÉTODOS: Estudo observacional, de corte transversal no período de janeiro a março de 2006, envolvendo uma população de pacientes internados em três hospitais na cidade de Manaus (AM). A estratificação do risco para TEV foi feita com base nos critérios da Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular e da International Union of Angiology. Foram avaliados variáveis sobre os fatores de risco clínicos, cirúrgicos e medicamentosos, assim como os métodos profiláticos para TEV. Os dados foram analisados estatisticamente, adotando-se um alfa de 5% e IC95%. Os dados qualitativos foram analisados pelo teste do qui-quadrado e os dados quantitativos pelo teste t de Student. RESULTADOS: Foram estudados 1.036 pacientes num total de 1.051 internações, sendo 515 (49,7%) homens e 521 (50,3%) mulheres. Um total de 23 de fatores de risco para TEV foram identificados (número total de eventos, 2.319). O risco estratificado para TEV foi de 50,6%, 18,6% e 30,8% das internações para risco alto, moderado e baixo, respectivamente. Em 73,3% das internações, não foram adotadas medidas profiláticas não-medicamentosas durante o período do estudo, e em 74% das internações que apresentavam risco moderado ou alto, não foram adotadas quaisquer medidas terapêuticas medicamentosas. CONCLUSÕES: Este estudo evidenciou que, na população estudada, os fatores de risco foram frequentes e que medidas profiláticas não foram utilizadas para pacientes com riscos potenciais de desenvolverem TEV e suas complicações.

Referência(s)