
Prevalência e custos indiretos das cefaléias em uma empresa brasileira
1998; Thieme Medical Publishers (Germany); Volume: 56; Issue: 4 Linguagem: Português
10.1590/s0004-282x1998000500006
ISSN1678-4227
AutoresMaurice Vincent, ANDRÉIA DE JESUS RODRIGUES, GISELE VIEIRA DE OLIVEIRA, KARINE FREITAS DE SOUZA, L. M. Doi, MANOELA BITTENCOURT DE LIMA ROCHA, Mario Saporta, RICARDO BENEDETTO ORLEANS, ROSANA KOTECKI, Vania V. Estrela, VIVIANE ANTÔNIO DE MEDEIROS, Wander Inturias Sergillo Borges,
Tópico(s)Migraine and Headache Studies
ResumoFuncionários de uma empresa (n=993) foram entrevistados quanto à ocorrência de cefaléias durante um período retrospectivo de 30 dias. A prevalência foi 49,8%, com frequência de 4,3±7,0 episódios e duração de 12,2±21,4 horas. Os diagnósticos baseados na classificação da Sociedade Internacional de Cefaléias, foram enxaqueca (5,5%), cefaléia do tipo tensão (CTT) episódica (26,4%), CTT crônica (1,7%) e outras cefaléias (16,2%). As mulheres foram mais acometidas e tiveram proporcionalmente mais enxaquecas que os homens. Cerca de 10% dos pacientes relataram dor suficientemente intensa a ponto de prejudicar seu desempenho no trabalho, o que representou 538,75 horas não trabalhadas. O custo indireto proporcionado pela interferência no trabalho foi estimado para cada cefaléia. O potencial prejuízo projetado à empresa devido às cefaléias é R$145,64 por funcionário, ou R$144 682,39 por ano. Como a enxaqueca é a cefaléia de maior custo, seu controle é particularmente importante no ambiente de trabalho. Há meios eficazes para reduzir sua frequência, com reflexos positivos no bem-estar e na produtividade do indivíduo. A relação custo-benefício favorece claramente a instituição de programas de prevenção e tratamento contra cefaléias crônicas
Referência(s)